Thursday 21 January 2010

Sonhos Roubados (#01)

     Oi, leitor.

     E Seja bem vindo|a, este é o meu Adventure Blug.

     Vamos às anotações e à história.

     Nossa história começou a ser jogada no domingo, Setembro 6, de 2009, 16 horas. A sessão durou até 7 de Setembro, às 21 horas.

     Depois de uma breve introdução ao universo ficcional de Trikumai, e fichas de personagem prontas, demos início à história Sonhos Roubados (Stolen Dreams). Divertido. Estávamos usando uma ficha de personagem do meu sistema, testando a ficha. O sistema de regras ainda era um teste, mas durante as histórias vou deixar anotações como esta, se a história permitir e o bruxo professor Susking Kuoi não reclamar da interferência; diga-se, Raýla. Meu nome é Sol Cajueiro, e eu vivo em Bealae, Belo Horizonte, Brasil. Eu tenho duas paixões que se completam. Histórias e línguas, são as paixões.

     Esta versão está sendo editada. Eu decidi dia 29 de Outubro de 2016, que as histórias ficariam melhor em português, a língua dos navegadores, e aqui estamos.

     O texto original está sendo guardado no Google Drive.

     Alguns detalhes serão revelados a mais nesta versão, como por exemplo a idade da princesa Baech, que antes parecia uma adulta. Na verdade, ela tem onze anos.

     Também não é revelada a idade do djine Baech, mas isso tem motivos sérios.

     Enigma Action Tales também pode ser encontrado em nosso Wiki.

             www.actiontales.com.br

     Você também pode seguir nossas palavras do dia ou manter contato em @solcajueiro, @themagicnation e @schmmach no Twitter.

     A história apresentada aqui é uma entre várias mestradas por Sol Cajueiro, usando de sistemas de regras variados, até que o sistema de regras de Enigma Action Tales estivesse pronto. Bem, ainda não estava. Tivemos várias adaptações, durante os jogos. Antes dessa história, eu usada exclusivamente 2d6, mas depois dessa história passamos a usar 2d6 ou xd6 máx 12, ou 1d10 ou 2d10 de porcentagem, e 1d20 para teste de Stats, cujos modificadores são cartas, do Tarot ou não. Note que eu ainda não usava narrativa compartilhada nesta história, o que em nada diminui a razão da história que é reunir os amigos e viver uma história limpa e linda.

     A coletânea de lendas é também chamada Os Contos Perdidos de Ayya.

     Eu pedi ao meu amigo bruxo e doutor professor Susking Kuoi, 103, Akkoya, para guiar você nesta aventura de lidar com problemas de Toj. Ele é um sábio, ex-fenomenologista.

     Também tem sido de grande ajuda Tugi, maestro de narrativa da Academia de Ryklant.

     Em um mundo de magia, política e poder, ainda se acreditava que o universo era feito de Três Mundos e suas duas luas, as dançarinas. Mas, exatamente nesta época, muitas escolhas difíceis tiveram de ser tomadas.

     Os Três Mundos são Toj, o maior e com dois anéis, Kalagot, e também Treiyka.

     Hoje é Abril 17, do ano 602 tka, e Tórian está em seu apotecário.

     Observando os mapas nas orbes giratórias, que mostram Trikumai em movimento, e pensando nas palavras do ancião de sua família: "Deus, Memória e Iluminação, isso é tudo". Mas Tórian não está preocupado com os ensinamentos dos dragões de bronze, protetores de sua família, e sim em encontrar, sem a ajuda de seus dois melhores amigos, Duddin e Tayala, que foram verificar as Ilhas de Realidade e ainda não voltaram, razões para que os oráculos estejam todos preocupados, sendo eles de maioria monge e devotados a Ayya, a patrono de Tachipada.

     Eles lhe enviaram uma mensagem, e Tórian está investigando.

     "Descobrimos que existe um lugar que deve ser a raíz do Fluxo. Se este lugar não for neutralizado, Trikumai corre o risco de entrar em colapso. Maradaise Oeste, Duddin e Tayala".

     Ele se lembra: "Escreva o Destino em areia, Tórian", palavras do dragão de bronze.
     O dragão seu protetor lhe disse isso quando seus pais foram considerados perdidos, ao irem investigar o Fluxo, nas Ilhas de Realidade paralelas.

     E então, Seja bem vindo|a a Toj.

     O Grupo de Personagens

     # Tórian: ediche, nobre (deputado), alquimista, mago, elementalista
     # Tacke Prýmmus: mago, Professor (Academia da Magia de Ryklant), historiador
     # Alena Baech: ediche princess, 11, de Ilhas Baech, psiónica e curiosa
     # Baech O Djine: ediche djine, peregrino, bon vivant, mestre de desejos
     # Hadesh: besta, monge, e também um médico andarilho

     Enquanto Tórian está estudando os mapas e globos de Trikumai, tentando lucalizar elementos que o levem a sua missão, ele sente uma presença. Ele se concentra, para estar preparado. Pousa um corvo em sua janela, que não pia. Torián conclui que é um familiar.
     Familiares são espíritos ligados a uma pessoa, também chamados de Daevas, e que adquirem a personalidade daquele a quem está ligado. Isso é um aviso muito claro.
     Nunca trate mal um familiar, porque seu senhor vai descobrir.

     -- Eu venho -- disse o corvo -- com uma mensagem do Senhor dos Sonhos. O Dreammaker pede pela sua presença, em sua fortaleza próxima daqui, no Reino do Sonho.
     -- O Dreammaker? Eu gosto dele -- Tórian se sentiu relaxado  -- Ele é uma entidade neutra, uma pessoa que é quase igual a um elemental.
     -- Por favor, venha comigo ao plano do Sonho, e Mestre vai explicar.
                *

     É uma linda tarde, nos jardins reais do castelo de Baechstadt. Os soldados e servos ainda estão a toda, como sempre, trabalhando. Enquanto isso, princesa Alenda brinca de governar os jardins, ordenando as flores a fazerem o que ela quer, até que ela ouve um murmúrio dos girassóis, lhe chamando a atenção.
     -- "Vá para a casa de campo, princesa".
     -- E quem é você? Porque está me dando uma ordem?
     -- "Eu sou uma pixie, não posso me mostrar".
     -- E o que eu vou encontrar na casa de campo?
     -- "O gato vai explicar. O Senhor dos Sonhos quer lhe fazer um convite".
     -- Senhor? Ele parece importante. Eu vou aceitar.
     Alguns minutos depois, ela entra na casa de campo nas laterais do castelo, e realmente não há nenhum soldado nem serviçal lá. Ela fica preocupada, e se mentém em alerta. Mas então, ela vê um gato preto, que vem andando sorrateiro, até se sentar, duro.
     -- Olá, princesa Alenda. Eu sou a voz do Senhor dos Sonhos. Eu recebi previsões de que você é uma das poucas que vai conseguir completar uma série de missões, para as quais estou selecionando também alguns em especial, arcanistas e guerreiros. Venha ao plano do Sonho e vamos conversar sobre o futuro. Estou trabalhando agora na sua fuga, esta noite.
     -- Fuga? Me explique o que eu devo fazer.
     -- Eu vou preparar a fortaleza para a sua visita, princesa.
     -- Que bom! Eles não me deixam fazer nada, aqui.
     -- Não se preocupe com isso. Você vai estar em segurança.
     E o gato se virou, andando rápido; Alenda atrás dele.

     Depois de andar por uma trilha em cima de um muro envolto em névoa, Tórian viu que o cheiro de maresia era óbvio, uma praia mais adiante. A névoa se abre, parcialmente. Ele vê uma criança, de uns onze anos, vestida com roupas de qualidade, mas apertadas e pronta para viajar, mesmo que essa viajem seja solitária, o que lhe impressionou um pouco.

     -- Boa noite, Mal-ec -- Tórian foi formal.
     -- Que impressionante,... Você veio andando em um muro no ar.
     -- Eu sou Priatel. Tórian Priatel'sa Drasséc. E você?
     -- Alena. Alena Baech, de Ilhas Baech.
     -- Eu reconheço você, de um quadro no castelo de Sýr Kamakián. Você é da realeza dos Nove Reinos, que honra.
     -- Eu prefiro se você não contar a ninguém sobre isso. Eu acho que reconheço seu nome, também, é de Tachipada, não é?
     -- Priatel é um deputée. Nós votamos em todas as causas do governo. Eu moro a nordeste da capital da Academia de Ryklant.
     -- Quem são os outros?

     Em vias aéreas, vinham um homem de turbante e espada curva, um drakma vestido como peregrino e um jovem siddha. Os três eram guiados por corujas. Eles todos se reuniram na praia, onde havia uma placa.

             Mar do Sonho Próximo, Porto Treze.

     -- Alô, galerinha! Eu sou Baech O Djine.
     -- Vocè é,... quem? -- Alenda ficou com a voz fininha, como se estivesse confusa. O djine não pode ver o seu rosto direito, mas reconheceu que ela era jovem.
     -- Baech.
     -- Bem,... eu sou Baech, também. Alenda Baech.
     -- Que legal! -- o djine se esticou, calmo.
     -- Alteza,... -- disse o siddha.
     -- E você? -- ela estava fazendo o social, o siddha percebeu.
     -- Tacke Prýmmus.
     -- Eu sou Hadesh -- diz o grandão, drakma.
     -- Que beleza,... Falae, Hadesh -- disse o djine.
     -- E quem é aquela? No alto das rochas,... Você consegue ver, Hadesh? -- Tórian começou logo, porque sentia o alerta -- Eu sei que drakmas conseguem ver quase na escuridão.
     -- E você é?,..
     -- Tórian -- ele sabe que drakmas não gostam de ficar dando voltas na conversa.
     -- Bem, Tórian. Ela é um predador. Eu não consigo sentir o cheiro dela, o que quer dizer que ela é muito boa. Ela está de capa de viajem, e tem duas adagas na cintura. Também usa roupas para viajens longas, é branca e tem cabelos negros. Ela não é uma ameaça.
     -- Você consegue dizer tudo isso a noite?
     -- Eu sou de Treiyka, princesa.
     -- Eu gostei de você! -- gritou o djine -- Isso foi impressionante. Como vai Treiyka?
     -- Como o Inferno, Djine Baech. Como o Inferno.

     A mulher predadora não estava mais onde estava antes.

     -- O Apanhador de Sonhos está chegando -- grasnou o corvo -- Sigam para dentro do barco, e não caiam do barco. Nunca! Está escrito aqui Mar Próximo, mas é fundo, fundo. Se todos estão prontos, venham, venham, subam no barco.

     Foram duas horas de silêncio passando pelo Mar do Sonho, em pessoa, em corpo, e só isso já seria estranho o bastante. De repente, o barco passou pela forte névoa e eles viram uma imensa ilha. No alto das rochas da ilha havia uma fortaleza branca, e imensos pássaros de névoa estavam voando ao redor do lugar. Alenda estava impressionada. A fortaleza era tão grande que ela se lembrou de que seu castelo, e os outros castelos dos Nove Reinos, eram pequenos. Ela não se importou. Poder sair sem soldados, sob os cuidados do Senhor dos Sonhos, só em si já era tão bom quanto todas as melhores noites de sono que ela uma princesa já teve até hoje.
     O porto era simples, e pequeno. Escavado na rocha. Havia uma escadaria quase infinita, que levava até a fortaleza, mas eles não pegaram a escada. Alenda viu pequenas lâmpadas, e dentro das lâmpadas havia um número de fadinhas, pirilampos iluminando o pequeno porto.

     Assim que desembarcaram, um homem vestido de branco até a cabeça apareceu. Ele saiu de dentro das rochas, rochas puras. Apontando para de onde veio, as rochas se abriram e surgiu um corredor, um túnel no muro de pedras duras.

     -- Sejam bem vindos. Eu sou Ke, o Sacerdote do Sonho. Mestre Sonho está esperando. Por favor, venham por aqui -- e Ke apontou o corredor que ele mesmo criou.

     Eles andaram um corredor pequeno, e saíram de frente para a fortaleza.

     -- Esta -- avisa Ke -- é a Fortaleza de Marfim, casa e lar do Sonho. Venham, as Portas de Marfim estão se abrindo para vocês.

     O chão de quadrados de mármore seguia com limites irregulares, que contornam a fortaleza e a une às rochas da ilha de pedra dura e escura.
     Andando sempre à frente, Ke fez um gesto para que o seguissem. Alenda se aproximou do siddha Tacke Prýmmus, que foi o único que a chamou de "alteza" e, muito esperta, ela sabe que alguém assim nunca iria deixá-la desprotegida. Ao entrar, o grupo vê imagens em movimento nas paredes, e um pequeno lago no lado leste, à esquerda. "Parece uma catedral",... pensa a princesa; mas esse tipo de construção monoteísta é proibida nos Nove Reinos, porque os monoteístas atacam navios do reinado se passarem da rota que leva a Prislýpea, no oeste.
     As imagens eram vivas, mudando de cor o tempo todo e mostrando pessoas e coisas e, enquanto Ke parou, diante do lago, Alenda se virou para o seu protetor.
     -- Prýmmus, o que são essas imagens em movimento?
     -- Acredito, princesa, que são os sonhos das pessoas.
     Então, saindo do lago, um jovem de maquiagem borrada e que parece que chorou muito, com uma série de esferas de tamanhos variados como sobrancelhas, roupa de um tecido desconhecido e ar de quem está cheio do que quer que seja que o deixou sofrer, os saúda.
     -- Boas noites -- o Sonho tem uma voz de jovem sofrido -- Sejam bem vindos ao Templo de Marfim. Eu sou o Sonho, o Dreammaker, Aquele-que-tece-O-Sonho. Venham, nosso banquete não pode esperar mais do que isso. O futuro está doente.

     Passando por pilares de sustentação, eles viram uma mesa. Era pequena. Havia lugar para doze pessoas, no máximo.
     Com um gesto, o banquete apareceu.
     -- Uoah! Você me conquistou -- diz o djine; e então, baixou a voz para falar com o drakma, ao seu lado -- Olha isso, lagartão. Tem mais comida que na mesa do Raja.
     -- Segure as suas palavras, djine; mas eu vou comer, também.
     -- Vocês todos -- diz o Dreammaker -- podem comer o que quiserem. A cozinha está preparada, e eu não costumo receber visitas. Estão querendo trabalho, lá dentro.
     -- Boas noites, Dreammaker. Eu sou Tórian. O que está acontecendo? Você disse que o futuro está doente,...
     -- Boa noite, Priatel. O futuro é o primeiro a ficar doente, quando o problema é grave, nobre Tórian. Vou dizer a vocês o porque os chamei aqui. Alguém está roubanco sonhos, e eu não tenho a menor ideia do quem está por trás disso.
     -- Entendi,... -- Tórian toma fôlego --  Sonhos de quem?
     -- Sonhos dos futuros líderes do nosso mundo.
     -- E você quer dizer, digo, o ladrão está roubando o Destino deles, também?
     -- Exatamente, Priatel -- o Sonho se impressionou -- Exatamente o ponto.
     -- Eu vou ajudar você -- Tórian conclui.
     -- Isso significa que eles "não" vão ter "escolha"?
     -- Esse,... é exatamente o ponto,... Hadesh, seu nome tinha significado antes da Grande Guerra, foi uma ótima escolha.
     -- Entre nós,... -- o Dreammaker concordou -- Estou com você -- Hadesh era o maior, então a princesa se sentiu um pouco mais segura de sua decisão, participar.
     -- Sei não,... Parece perigoso,... Gostei, lagartão. Tô dentro.
     -- Eu não -- eles ouvem a voz do siddha.
     Todos olharam para ele, inclusive a princesa que ainda não havia dito que iria participar, mas viram o olhar de uma pessoa importante com uma decisão séria.
     -- Qual é o problema, professor? -- questiona o Dreammaker.
     -- Eu tenho família. E eu não quero colocar minha família em perigo.
     -- Eu entendo, professor -- diz o Sonho -- Eu vou colocar sua família sob minha proteção, pelo tempo que for necessário. Eu consultei os Oráculos, e vocês são os únicos que vão conseguir resolver essa questão, da única forma que será possível. Ainda não sei qual é -- e se viou para a princesa, com o olhar calmo -- Eu já sei que você aceitou. Me permita, Professor Prýmmus é muito importante,... -- e se voltou para o professor -- Só vocês vão conseguir, professor.
     -- Isso muda tudo, pra mim -- diz o professor -- Agora que minha família não vai estar em perigo, eu entendo e vou ajudar.
     -- Eu acho,... -- e todos olharam a jovem princesa -- que isso é importante.
     -- Eu tenho observado você, princesa -- diz o Sonho -- Seus segredos estão guardados, e não vou interferir. Você tem uma escolha a fazer. Você tem onze anos e é muito jovem, mas o Oráculo Profundo, que fica depois do Sonho, me orientou a insistir. Isso pode ser perigoso, e seus segredos não são o que você pensa, mas você verá, no tempo certo, o qeu isso quer dizer.
     -- Sei,... Isso não me desanima. Eu acho que vou ajudar você, Dreammaker.
     -- Sei,... -- diz o Sonho -- Sei. Baech? -- ele se vira para o djine.
     -- Mas é claro, Sonho! O fio da minha espada está preparado. Tô dentro.
     -- Eu localizei o primeiro sonho roubado -- ele diz -- Vocês vão ter de ir a um lugar escondido, e está escondido há muito tempo. Eu sei que o vigilante está longe. São as ruínas da Cidade das Trevas mais antiga de nosso mundo, Okkýtã. Vocês estão procurando uma Urna, uma Urna especial parecida com essa -- o Sonho faz uma urna em pleno ar -- e devem trazer a Urna até mim. Estas ruínas, os mortais tentam esquecer, mas vocês estão sob minha proteção e vão se lembrar de ter estado neste lugar, depois. Esta é a Urna mais importante de um futuro líder do nosso mundo, e os sonhos e o destino dele estão guardados dentro desta Urna. São os sonhos do seu irmão, Alenda.
     -- Isso vai ser feito, Dreammaker -- diz Alenda -- Conte comigo.

     Sendo o único a ver, nenhum dos demais poderia supor que a única cadeira vazia, na verdade, estava ocupada. Hadesh vê na cadeira outra entidade, que parece ser uma mulher com um capuz, mas a mulher é quase totalmente invisível, ela é translúcida. Ele decide ficar em silêncio. Ainda assim, esteve o tempo todo atento às palavras do Senhor dos Sonhos.
     De repente, mais uma cadeira surge. Todos estão comendo, e não ligaram para isso, a não ser, Hadesh percebe, a princesa. Nesta cadeira também, Hadesh consegue ver uma mulher tão negra quanto a noite sem estrelas. Em um momento de oportunidade, Hadesh abaixa a cabeça de leve para cumprimentar a mulher mais negra que a escuridão.
     -- Oi, Hadesh,... Bela escolha de nome. Eu sou Kokka, Avatar da Noite. Eu fui a entidade que aconselhou o Sonho a te incluir no grupo e chamar você. Este grupo vai passar por muitos problemas, nós entidades conseguimos prever. E não se iluda com a idade da princesa. Ela me parece, apesar da curiosidade, ter mais treinamento do que você pensa. Peço a você, o único monge do grupo, que guie este grupo, de agora em diante.
     Hadesh abaixou a cabeça, aceitando.

     Duas horas de descanso depois do banquete, Ke fez questão de chamá-los com cuidado, dizendo que estava na hora de ir.

     Bem no início do Lago do Sonho, se formou um portal.
     Eles sabiam que do outro lado estava a cidade em ruínas mais tenebrosa do mundo, mas aceitaram a missão, então todos conferem se estão preparados, inclusive a princesa.
     A roupa que o Senhor dos Sonhos lhe deu é rente ao corpo, e Alenda se lembra da predadora que Hadesh descreveu na praia. Tinha muitos bolsos.
     -- A capa que todos vocês estão usando é um presente meu -- diz o Dreammaker -- Ela irá proteger vocês dos Pesadelos, seres terríveis do Sonho e que iriam caçar vocês neste tipo de lugar para onde estão indo.
     -- Estamos prontos? -- quis saber a princesa.
     -- Acredito que sim, alteza -- diz o professor.
     -- Estamos prontos, Senhor dos Sonhos -- ela confirma.
     -- O portal vai se manter invisível, mas vai estar no mesmo lugar onde vocês vão aparecer, e tomem muito cuidado em Okkýtã. Não sabemos o que vão encontrar lá.
     -- Não tem nem uma dica, Senhor dos Sonhos?
     -- Vocês não são um grupo de iniciantes, Hadesh -- diz o Sonho -- Foram selecionados porque tem toda a preparação necessária para cumprir todas as missões.
     -- Mas temos uma princesa entre nós, Dreammaker.
     -- Isso mesmo, Tórian -- confirma o Sonho -- Acontece que esta princesa tem mais preparação, apesar de ela mesma não estar acostumada a ouvir isso, do que muitos adultos.
     -- Eu,... só posso dizer que sim, Tórian. Eu sou psiónica, telepata e telekineta; mas não me peça telepatia a não ser que seja em último caso, porque eu odeio.
     -- Estava apenas conferindo, princesa. Se o Senhor dos Sonhos diz que você está preparada para as missões, eu só tenho como concordar.
     -- Alenda, por favor -- disse ela -- Eu não tenho certeza se tenho preparação, mas não vou deixar o futuro do meu irmão ser roubado e vou cumprir a missão.

     "Estou começando a gostar dessa princesa", pensa Hadesh, "Vou ter de ensinar uns truques monges a ela".

     E então, eles se arrumaram e atravessaram o portal.

     Eles chegam a uma colina, ainda de noite. Havia um paredão de névoa negra e nuvens, indicando que este lugar não vê a luz do dia, e o ar está seco, difícil de respirar.
     Não conseguindo esquecer de que estão nas ruínas que mais acumularam Trevas neste mundo, todos tem uma noção de perigo ativa, vinda de todas as direções, e o nobre Priatel andou lentamente até uma árvore para tentar observar. Hadesh o seguiu. Hadesh explica: "Estamos numa colina bem no meio da cidade ruína, e eu sinto que não há vida nesse lugar", recebendo a resposta de Tórian: "Você cuida da princesa, eu e o professor cuidamos do djine. São os dois únicos que podem nos dar problemas, e você sabe disso", ao que Hadesh resonde: "Eu concordo, mas você devia dar a eles a chance de provar quem eles são e o que podem fazer. Não vou controlar as ações dela. Ela é jovem demais, mas na idade dela eu já andava nos ermos de Treiyka caçando para comer", e ouve a resposta de Tórian: "Está certo. Todos merecem uma chance. Não deixa ela se ferir ou pior".
     Hadesh abaixou a cabeça, "Acho que vamos ter uma surpresa, vindo dela".

     -- Tem espíritos do pesar por toda a cidade -- revela Tacke Prýmmus.
     -- Grande,... São o pior tipo, eles vão gritar se nos virem -- conclui Tórian.

     O professor chamou a atenção do grupo com um truque simples. Ele só fez o truque e, então, um gesto com ambas as mãos para se reunirem.

     -- Então,... (começou o professor). Quem pode sentir movimento? Você, você pode,... Que foi?
     -- A terra aqui é amaldiçoada, o ar também, sintam, e praticamente tudo o que eu posso fazer aqui é criar um pequeno número de elementais da terra, cavando muito fundo até ter terras antigas, e eles vão servir como nossos batedores.
     -- Você pode criar elementais? Isso é alto nível de capacidade. Bom saber. Faça isso. E você, você enxerga no escuro, o que você pode nos dizer?
     -- Eu sinto realmente que o lugar inteiro é amaldiçoado. Deve haver não-vida nesse lugar, vocês sabem, espectros, mortos-vivos. Péssimo lugar para se morrer, só avisando. Ah, e as árvores ao nosso redor estão observando.
     -- Grande,... -- Tórian soltou o ar -- Perdemos o elemento surpresa. Eu vou encontrar terra pura nas profundezas, enquanto vocês conversam.
     -- Hadesh, quantas ruínas de torres você está vendo?
     -- São sete, princesa -- ele ficou curioso.
     -- Alenda, por favor -- pediu ela, a ele também -- Nós podemos ir em silêncio a estes sete lugares, porque ruínas de torres são o pior lugar para espíritos irem. É o território dos gatos. Independente de ser uma cidade amaldiçoada. E eu posso ver se tem armadilhas, sou boa nisso.
     -- Bom -- o professor ficou realmente impressionado com a princesa.
     -- E então, (diz o djine), nós podemos localizar qual das torres foi revolvida há pouco tempo com um desejo. Tudo o que eu preciso é um desejo forte e verdadeiro de vocês para encontrar o que estamos aqui para encontrar.
     -- E então, boa. Nós vamos e voltamos pro portal. Quem teleporta?
     Ao perceber o silêncio, o professor balançou a cabeça.
     -- Isso é ruim -- Prýmmus tenta pensar em alternativas, porque sem teleporte eles iriam ter de andar até as torres, e era uma péssima notícia.
     -- Seu desejo de sobrevivente está funcionando, Professor -- diz Baech -- Com ele, eu posso garantir o teleporte.

     Enquanto isso, Torián conseguiu criar cinco pequenos elementais de terra, com terras antigas que existiam muito fundo naquele lugar.
     -- Foi o máximo que eu pude criar.
     -- Mande eles pra cinco das torres, e nós esperamos a resposta deles. Diz a eles o que devem fazer, e vamos esperar.

     Tórian explicou: "Vocês vão, cada um para uma das cinco torres que ele (e apontou Hadesh) vai explicar onde estão. Estamos procurando uma torre que tenha tido sua terra revolvida recentemente, e então, vocês estão livres para voltar à natureza. Voltando à natureza, sibam que este lugar é amaldiçoado, mas esperem ajuda dos demais elementais, porque eu sei que logo que vocês se unirem à natureza, eles vão começar a agir".

     Eles esperaram, escondidos e com medo das árvores, por meia hora.

     -- Todos os cinco elementais falharam, só restam duas torres.
     -- Conseguimos! Isso foi ótimo, Tórian. Eu sei que os poderes djines são expandidos quando as opções são duais.
     -- Agora você acertou! Escolhe uma torre, princesa -- pede Baech.
     -- A que estiver há mais tempo sendo destruída.
     Hadesh aponta, e de repente eles estão dentro da ruína. Alenda tentou tomar ar, porque nunca havia teleportado, ficando sem ar.
     -- Estamos presos aqui -- revela Tórian -- Vou ver se tem um caminho ou passagem pra fora desse lugar, mas tenho certeza de que estamos presos aqui.
     Tacke Prýmmus se aproxima e toca a garganta de Alenda com a mão, liberando ela da falta de ar que ficou, ao chegar.

     -- Achei que eu ia morrer -- foram as palavras da princesa.

     Só nesse momento, que Baech O Djine percebeu o que aconteceria se uma princesa morresse, eles todos seriam os culpados. Seriam presos, ou pior.

     -- Onde está? -- pergunta o professor.
     -- Toda a terra desse lugar é amaldiçoada, mas está aqui. Eu posso sentir. E eu vou trazer a Urna até nós.

     Sob o controle parcial de Tórian, a terra começou a ser revolvida, e uma Urna diferente da que eles procuravam apareceu, emergindo do chão amaldiçoado, e o grupo inteiro ficou ao redor de Alenda, para protege-la.
     Alenda estava procurando uma maneira de fugir do lugar. Os Nove Reinos são especialistas na construção de torres.
     E então, as sombras começaram a se mover, fora dali.
     -- Eles sabem que estamos aqui -- conclui Baech.
     -- Não tem nenhuma maneira de fugir --  revela Alenda -- Nós vamos cair em um labirinto, que é essa cidade, se tentarmos sair. Eu desejo,... Eu desejo que você Baech nos teleporte e pegue a coisa ao mesmo tempo.
     -- Um desejo de sobrevivente verdadeiro! -- ele fica feliz -- Se preparem.

     Uma escadaria inteira em ruínas foi revolvida do chão e a Urna apareceu, intacta, ao mesmo tempo em que eles estavam de volta ao lugar onde chegaram.

     O djine estava com a Urna em suas mãos, e Tórian com a Urna errada, mas não deu tempo de tomar muitas decisões. Baech disse: "Está aqui", e desmaiou. Alenda ergueu ele com telekinese, sem deixar que ele caísse e se machucasse.

     Um som terrível veio do centro da cidade.

     O som gelou o sangue nas veias de todo o grupo.

     -- É um abissal! -- Hadesh revela -- Temos de ir, agora mesmo. Não podemos enfrentar um abissal, e temos de salvar Baech.
     -- Ele está vivo, Hadesh -- diz Alenda -- Mas sente muita dor.

     O professor chamou a atenção de Tórian e Hadesh.

     -- É isso? Qual é a Urna? Tem duas.
     -- Esta é a certa, Tacke -- revela Hadesh, erguendo-a -- Mas não podemos deixar a outra Urna nesse lugar, não sabemos o que tem dentro dela.
     -- Segura a Urna certa, Tacke, que eu vou cuidar do Baech.
     Tacke segurou a Urna, e Hadesh segurou Baech.
     -- Agora! Vamos embora -- pediu Alenda.

     Hadesh viu uma criatura cheia de tentáculos, de trinta metros de altura, vindo pelas ruas destruídas da cidade ruína de Okkýtã, enquanto eles passavam pelo portal.

     Depois que Tacke passou, por último, o portal se fechou.

     Em resumo, a cidade de Okkýtã onde eles estavam deveria ser a capital de algum império do passado, devido ao tamanho e o número de construções de pedra dura. Tacke, depois, fez anotações sobre a cidade, descobrindo que era a capital do império do Rei Múmia, destruído por Tachi, a Rainha Branca, há mais de mil e quinhentos anos. Diziam as lendas que ele encontrou anotadas na Academia da Magia e do Poder, em Ryklant, que ali havia uma jóia de poder. Esta jóia seria capaz de tornar quem a usasse um imortal morto-vivo, mas nessa época, nos dias seguintes a esta primeira missão, ele não acreditava que seria possível alguém desejar isso.

     De volta ao Templo de Marfim, o Dreammaker pediu com urgência que colocassem o djine sobre uma mesa que se formou saindo do chão.

     -- Ele vai morrer? -- questiona a princesa -- Ele é um Baech, ele não pode morrer.

     O Senhor dos Sonhos fez um gesto, abrindo o ar como se fosse um armarinho, pegando um tipo de poção e fechando, rapidamente.

     Ele fez o djine beber, e Baech acordou, tremendo e com frio.

     -- Dor,...
     -- Isso mesmo -- diz o Sonho -- Você estava em Lá-onde-é-A-Dor. Todos vocês, toquem no corpo dele para ativar o corpo. Essa memória não vai ser possível retirar de você, Baech -- o Dreammaker estava sério -- porque você esteve no Inferno e voltou.
     -- Huuuh,... -- fez o djine.

     Alenda ficou com medo das palavras do Sonho.

     -- Me deixa sair daqui, Senhor dos Sonhos -- foi o pedido do djine Baech -- Algumas horas andando pela ilha, se eu puder fazer isso, vão me fazer muito bem. Eu nunca imaginei isso. Um lugar que vocês não querem conhecer. Não tem nada, só dor.
     -- Tem certeza, Baech? Minha ilha tem muitos segredos, mas acredito que você sendo um djine vai gostar de conhecer; mas tome muito cuidado.

     Baech se levantou tremendo e suando e foi para as portas da saída.

     As Portas de Marfim se abriram e Baech se mandou, pra longe dalí.

     -- Me chamem com um desejo em voz alta -- gritou, antes de ir.

     -- Enquanto vocês estavam em missão -- diz O Sonho -- eu me encarreguei de criar cinco portais pra que vocês possam ir e vir do Sonho, incluindo o djine Baech.
     -- Obrgado, Dreammaker. Agora, se me der licença, eu preciso ver minha família e conversar com minha esposa. Ela vai precisar saber.

     -- Aqui está a Urna certa -- diz Tórian.
     -- E aqui está a errada -- resume Hadesh.

     Surgem dois pedestais, sendo formados pelo mármore do chão, e eles colocam as urnas nos pedestais a um gesto do Senhor dos Sonhos. Ele vai até a Urna certa e, depois de pensar bastante sobre o que fazer (ele parecia em transe), ele abre a Urna.

     -- Os sonhos e o futuro de seu irmão estão salvos, Princesa. Só espere até ele vir até aqui no Sonho para, no dia em que ele vier, eu explique a ele o sucesso de sua missão. Peço este favor porque, se vocês não perceberam ainda, isso é um segredo. Ninguém sabe que os sonhos dos futuros grandes líderes do mundo estão sendo roubados, e precisamos limitar o número de pessoas que sabe ou que vai ficar sabendo disso, até saberem. Os altos escalões vão saber.

     Eles usaram os portais, e chegaram em casa a salvo.

     Alenda chegou em casa, em seu próprio quarto. Sem chamar a atenção e sem fazer barulho, ela espia pela porta. A sua serviçal querida, que guarda os seus segredos, estava dormindo em uma cadeira velha: "Que pena. Dessa vez me pediram pra não te contar". Ela ignorou a hora de rezar, como sempre. Deixou o livro aberto lá, sem tocá-lo, mais uma vez. Rezar estava fora dos seus planos, de verdade. Ela retirou a roupa e guardou debaixo do colchão, e disse a si mesma: "Está na hora de revelar minhas saídas, se não vou ficar sem a roupa que o Sonho me deu".

     Ela se deitou para descansar, ao menos um pouco, antes do amanhecer.

     Ao mesmo tempo, Baech O Djine passou duas horas vagando pelos bosques da Ilha do Sonho, até que ele começou a perceber que nem tudo no lugar era bom.

     -- Oi, andarilho.
     -- Oi, mas quem é você? -- Baech questionou.
     -- Eu sou a entrada para o Sonho Profundo.
     -- Eu estou bem, onde estou.
     -- Eu sei -- disse a entrada -- Mas Kokka, Avatar da Noite, disse que um dia você iria precisar do Sonho Profundo, quando as suas memórias voltarem. Eu sou a entrada.
     -- Huh,... Ta oká. É seguro dormir aqui?
     -- Bastante. Os seres do Sonho não ousam se aproximar de mim. Viajar pelo Sonho Profundo é fazer uma viajem dentro de si mesmo. Você só vai entrar, se entrar no lago.
     -- Eu queria que você fosse só um lago.
     -- Sinto muito te negar esse desejo, djine.
     -- Eu não me importo de não ter memórias do meu passado. Isso ajuda a ser neutro, que é o que um djine precisa pra trabalhar.
     -- Já está previsto que você vai precisar de mim, um dia.
     -- Pra mim está bom. Bons sonhos, lago.
     -- Obrigado. Vou te ajudar a dormir.

     Não houve nem mesmo aqueles momentos em que você fica pensando em dormir. Baech dormiu, se esquecendo da dor.

     -- "Mas como assim tem um djine com o meu nome?", questiona a princesa Baech. "De todos, esse é o segredo que eu quero desvendar. Então, vou continuar nas missões".

     Uma semana se passou. Sua serva está se acostumando em saber que ela foge da guarda, anda pelas vilas, sabe onde estão os segredos.

     Nessa noite, ela invadiu a casa de um nobre importante.

     Ela tem telepatia, os guardas não tem nenhuma chance contra ela.

     De frente para o cofre, ela faz o desejo.

     -- Eu desejo reunir o grupo de novo, pra fazer coisas realmente importantes.
     -- Seu desejo é uma ordem, princesa Baech.

     Ela ouviu a frase na posição que estava, a de um ladrão abrindo um cofre. Suas roupas eram as de um ladino, e Alenda também tinha todos os equipamentos de um ladrão.

     O professor estava com energia nas mãos, e Tórian com um raio, prontos para a batalha, até que perceberam a princesa Alenda, nestas roupas. Hadesh estava sorrindo. Parece que ele e o djine estavam juntos, desde antes. Eles estavam andando por plantações de flores de vinho, em Tachipada, uma das regiões produtoras, sob permissões de Raýla, princesa de Abbas. Eles estavam bêbados, ontem, mas estão muito conscientes do que estão vendo, agora.

     -- Eu,... sinto muito. Acho que o desejo foi meu.
     -- Huh,... O que são essas roupas, princesa? -- foi a pergunta de Tacke.
     -- Ah, estas? Meu pai me proibe de sair do castelo com roupas de princesa. Ele me proibiu. E então, eu escolhi estas aqui. Eu não sei porque. Eu só,.. gosto delas. Porque?
     -- Nada -- diz Tacke -- Sem dúvida, alteza. Eu entendo -- e Tacke abaixou a cabeça.
     -- Isso é sábio. Sem dúvida --  Tórian também abaixou a cabeça.

     Hadesh trocou um olhar com Baech, e eles entenderam na mesma hora. Eles não tinham isso de nobreza, e sabiam que ela estava mentindo.
     Alenda deu um olhar oculto para eles, só os dois, e eles sabiam que ela percebeu que eles sabiam o que esse equipamento era -- um desmontador de fechaduras -- e ela pediu a Hadesh para lhe ajudar a guardar o que estava usando, sem chamar a atenção.
     -- Eu sei que vocês dois perceberam.
     -- Você é um ladrão, princesa? Tamo no mesmo time.
     -- Eu proíbo vocês de falar nesse assunto.
     -- Só entre nós, por favor -- o pedido do drakma era sincero e necessário.
     -- Está bem, mas agora me ajude. Vou fazer um isliyya pra todos nós.Isliyya é o kofi que eu mando trazer de Ryklant, e vai ajudar a deixar o professor relaxado. Dá um jeito de fazer um desejo pro bandido do Baech trazer uma mesa com porcelana.
     -- Seu desejo é uma ordem, princesa -- saltitou o djine.

     Assim, apareceu uma mesa com porcelanas.

     -- Professor, nobre Deputée, me perdoem, o desejo foi meu de novo. Eu vou preparar pra todos nós um isliyya de Ryklant.
     -- O café mais saboroso de Ryklant,... -- ruminou Tacke.
     -- No meio de uma floresta? Tudo bem -- Tórian concordou.
     -- Hadesh e Baech, vão fazer a ronda.
     -- Oh,... -- ia começar o djine.

     Hadesh deu um cutucão em Baech, e levou ele para o canto, para montar guarda. Ele explicou a rápida conversa com a princesa, e o djine adorou saber.

     A princesa se aproximou deles, para chamá-los para o café.

     -- O que vocês dois estão fazendo nessa floresta?
     -- Que doido, princesa -- Baech não se conteve -- Você é uma de nós.
     -- Não sei se foi uma boa ideia fazer o café. Nós dois estamos nessa floresta procurando a lenda de uma taverna, e não é um bom lugar.
     -- Agora não importa, vamos tomar o café. Só a nobreza tem esse café. É caro. E isso vai deixar os dois prontos pra aceitar qualquer coisa que eu disser.

                (fim de sessão).

          Algumas Considerações necessárias

     Tudo bem eles serem os únicos que vão resolver o problema, mas quem está por trás desses problemas? Onde ficam aquelas ruínas? Porque o Sonho Profundo está chamando Baech? E então, quer dizer que a princesa é rogue, não só psiónica?

     Eles não sabem, agora, o mais importante.

          Quem é o Inimigo?

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