Thursday 21 January 2010

Interesse Repentino (#02)

     There's no place as 127.0.0.1

     Halloi, e Seja bem vindo|a ao meu Adventure blug.

     Esta parte segue o post anterior, e se coloca imediatamente após a primeira sessão de jogo, mas adicionei narrativa de eventos que não são do grupo da primeira sessão para que se compreenda as histórias em suas grandes cenas. Também irei retirar palavras que possam complicar meus amigos de outras raças, e sei exatamente quais partes devo reescrever.

     Os posts haviam sido editados para ter trilha sonora, mas como eu pude perceber, hoje já não são mais acessíveis como eram em 2013, portanto vou retirar dos posts.

     Aconselhamos as coletâneas de Angel's Delight como trilha sonora.

     Os eventos na história são ficcionais? Não sei. Acredito que quando eu passei a usar o Tarot nas sessões de jogo, O Jogo possa ter se transformado em um oráculo, e a partir desse ponto passei a ter acesso a histórias de outros mundos, não tão distantes. Se você pode imaginar, de alguma maneira isso existe ou existiu, em algum lugar dos multiversos além dos limites do universo em que estamos vivendo, e isso é impressionante, pois normalmente é o contrário.
     Em geral, o conceito de universo é o geral, e o de multiverso é o específico, mas nós estamos presos em um universo rígido, dentro de um multiverso gigantesco.
     Trikumai existiu e Akkoya existe há 26 sistemas de distância, na galáxia 52, nossa casa, mas tem histórias muito diferentes das de nosso mundo rígido. Arda é um dos mundos mais rígidos que existe, e um dos que tem maior número de dimensões, sendo mais de trezentas; mas ainda guardamos os presentes dados por estrangeiros, como o cacau por exemplo, ou o presente mais antigo de todos, a orquídea de que se pode fazer a baunilha, um tipo de santificante culinário.
     Toj, Kalagot e Treiyka também tiveram presentes, mas como eram mundos maleáveis e onde a Magia, as Manifestações e o Poder sempre foram presentes, primeiro como sociedade pública e não temos acesso a esta era porque foi antes do Deus Terrível, depois como uma forma de se defender dos monstros que surgiam entre pessoas da comunidade, devido ao Deus Terrível e seu povo, os sátiros que ficavam nas florestas preparando feitiços em seus caldeirões.
     Temos de guardar os presentes, e isso todos nós sabemos de nascença.
     Aqueles de maior intuição que guiem os mais rebeldes.

     Nós temos a missão mais linda de mostrar as histórias mais importantes e fazer com que elas sejam lidas, principalmente as que contém verdades.

     Hoje é 23 de Abril de 602 tka, e o céu noturno mostra o gigante Kalagot no lestee por causa disso esta será uma longa noite para ela. Ela monta o nome do vento, seu cavalo de duas patas dianteiras. A pequena vila de Buoic, sudeste de Abbas, está em silêncio. A presença da nobreza faz com que todos deixem uma lâmpada do lado de fora da porta, indicando que existe luz a noite para que aqueles que sangram a noite não tome deles o que não for oferecido. Isso mesmo. Se um vampýr tiver necessidade de sangue, em Abbas, pela lei de Abbas, isso deve ser voluntário, além de ser proibido matar aos guerreiros das Casas da nobreza.
     "Eu posso predizer", é o que ela pensa, "As Crianças do Caos, que o profeta de Mallog previu durante a Grande Guerra, eu estava lá, são os olhos certos dentro da Tempestade prevista para os próximos três mil anos, e são elas que vão nos guiar".

     Ela se lembra da reunião há três dias, com um grupo de anciões nekron. Não nos esquecendo de que os nekron podem andar durante o dia, sem necessidade de regenerar.

     -- "O tempo da mudança chegou, Raýla. Nenhuma rocha vai ficar acima da areia. Ou nós todos trabalhamos em conjunto, ou os três mundos vão se tornar desertos. Nossos videntes previram que você terá escolhas difíceis a fazer, e você, herdeira de Kokkiladon, O Conselheiro, é a escolhida para guiar as Crianças do Caos, e tem o nosso apoio".

     Raýla viajou três noites inteiras até chegar em Buoic, e a garantia de três noites longas está óbvia porque Kalagot está no leste exato.

     Se esta é uma Criança do Caos, ela ainda não sabe, tudo será resolvido.

     Se não for, ela deixou um aviso a todos os Hau deste mundo, feiticeiros vampýr, para se prepararem para lidar com um evento grande, que pode ou não acontecer.

     Tão logo ela chegou e pos os pés no chão, dois soldados apareceram, demonstrando que são vampýr ao mostrar a face da guerra, ou seja, um rosto transfigurado de maldições do passado sobre o vampýr em questão e de uma maneira geral, dos vampýr. Vampýr não tem veneno. Isso permite a eles manterem os dentes pontudos sem perigo. Sanguinius, eles não são. Um sanguinius é um ser das Trevas, ainda que possa ser considerado bom, às vezes. Mas Raýla é uma nekron. Uma abençoada, vamos dizer assim, pois poder andar durante o dia não é só uma vantagem, que ela usou nestes três dias de viajem, mas sim é considerado um poder de alta nobreza.

     -- Princesa -- disse um dos dois soldados -- Estávamos esperando por você.
     -- Eu preciso saber do garoto e sua família, se estão bem, depois quantos mortais tiveram a coragem de ver o que era -- pede a princesa.
     -- A família está nos fundos da casa, que não é grande. Eles estão com medo, vai ser fácil você encontrar a casa na vila, que também é pequena. A família está bem. A Anomalia está no quarto do garoto, e ele está em presença de Senhor Gake, na sala da casa.
     -- Gake? Eu disse que não quero ninguém interferindo nisso. Como ele ficou sabendo?
     -- Nós não sabemos, Alteza -- disse o outro soldado.
     -- Morgondra,... Só pode ter sido ela. Aquela rapariga anciã! Ela devia ter me deixado fazer o que me foi profetizado. Agora o problema é dela. Cuide de Mader, por mim.
     -- Sim, alteza -- e os dois soldados ficaram cuidando do cavalo dela, enquanto ela entra na pequena vila a pé.

     Realmente, não foi difícil encontrar a casa. Havia um cavalo de guerra como o seu bem na frente da casa, causando desconforto na área.

     Ela para de frente para uma película, parecendo uma bolha de sabão reta, no lugar da porta aberta da casa em que deve entrar.

     -- Eu convido você a entrar, Raýla -- diz a voz de um garoto.

     Assim, ela atravessou a película, ocultando seus pensamentos, porque Gake é um ótimo adivinho e ela sabe que ele a está esperando, provavelmente para saber o que ela vai fazer.

     Provavelmente.
             *

     O djine ouviu o forte desejo de Hadesh, e comentou.

     -- Eu posso fazer, mas vai doer.
     -- Nós precisamos disso -- disse o drakma -- Eles não podem saber que a princesa é uma das nossas, e o meu desejo faz com que isso aconteça.
     -- Tudo certo, então.
     -- Porque "vai doer"? -- Hadesh quis saber.
     -- Os Tabus: Vida, Morte e Inteligência.
     -- Ão,... Então é isso,... Ainda é melhor.
     -- Vou fazer seu desejo, então.

     Os dois ficaram olhando para os outros, esperando.

     -- Está feito, Lagartão. Só nós dois vamos saber o segredo da princesa.

     Alenda se vira, procurando assunto com os dois nobres.

     -- Onde estamos? -- ela questiona, de voz suave.
     -- Kalasta -- diz Hadesh, se aproximando -- Nós estávamos aqui procurando um lugar secreto, por toda a semana -- diz Hadesh, e ele fervilha de ideias e perguntas para a princesa.
     -- Eu conheço esse lugar -- disse Tórian -- Fica a sul do meu território. Isso aqui é a região lestre de Tachi. Os Kalastyéc são um ducado e o Duke Oromo de Kalastyéc é uma das pessoas mais ricas do mundo. O que você quer dizer com lugar secreto?
     -- Nós pensamos que é uma seita secreta. Olhe, eu vou desenhar.

     Hadesh então desenhou o símbolo na areia. Tórian e Prýmmus não pareceram saber que símbolo era esse, mas a princesa parecia saber e começou a se sentir nervosa.

     -- Agora! -- murmurou Hadesh para o djine.

     Assim, como a princesa não pareceu inclinada a dizer o que era, o djine pegou a informação dela a força, sentindo os olhos queimarem e lacrimejarem.

     -- Oah! Ah! Isso dói -- reclamou o djine.
     -- O que aconteceu? -- Hadesh questinou o djine.
     -- Num é nada, Lagartão -- ele mentia -- Vai acabar, daqui a algumas horas. Toda vez que a gente desvenda um segredo que não era pra gente saber, isso acontece.
     -- E? -- disse o lagartão, como uma pergunta óbvia.
     -- Esse é o símbolo da Guilda dos Ladrões.

     Assim, uma flecha acertou a bolsa da princesa, depois de Tórian e Prýmmus fazerem casinha pra que ela trocasse de roupa, de costas para ela. A bolsa era a bolsa de princesa, não a mochila que ela carregava com ela. A bolsa foi puxada para o meio da floresta.

     -- Meu livro! -- gritou a princesa, mas já estava perdido.

     Hadesh lhe segurou, pois ela começara a andar em busca da bolsa com o tal livro, bem a tempo de todos perceberem. Ainda assim, ele avisou.

     -- Estamos sendo atacados! -- disse Hadesh.
     -- Todo mundo, rápido! Junto! -- exigiu Tórian.

     A floresta era o mais puro silêncio, deixando eles preocupados.

     Todos juntos ali, Tórian criou uma esfera de força, às pressas, porque sentia perigo em todas as direções. A bolha transparente impediu uma flecha de entrar e acertar, provavelmente Hadesh.

     -- Estamos com tudo o que é nosso? -- questiona Prýmmus.
     -- Meu livro,...
     -- Qual a importância desse livro? -- ele insistiu.
     -- Ah, é só um livro, mas eu tenho que ler.
     -- Você consegue outro livro igual a esse, princesa? -- insiste o professor.
     -- Claro! É o livro dos Nove Reinos, que titica!
     -- Então, só há uma forma de sairmos daqui, nós menos o livro. Deixe o livro pra eles, porque entre nossas vidas e um livro qualquer, nossas vidas serão salvas, é o que eu digo.
     -- Nós precisamos sair daqui -- diz o djine -- Eles nos ouvem.
     -- Quem são eles? Eles levaram meu livro,...
     -- Ladrões, princesa. E eles estão tentando te sequestrar -- tentou Hadesh.
     -- Como último recurso, eu vou aportar vocês em segurança.
     -- Você pode teleportar? -- Hadesh questionou Prýmmus.
     -- Todo mundo, segurem em mim. Hadesh, pegue a mochila da princesa. Preparados? -- Hadesh pegou o equipamento, quer dizer, a mochila e, de repente, estavam em um salão com estantes de madeira e livros de baixo até o teto, um símbolo complexo no chão, brilha com sua magia -- Sejam beim vindos à Academia da Magia, da Política e do Poder.

     A princesa se soltou em um sofá. Mal percebia onde estava. O djine estava cego, por enquanto, e seus olhos eram puras lágrimas.Hadesh ajudou o djine a se sentar. Tórian não estava a vontade, porque sua família é uma linhagem de poder, e aparecer fugindo na Academia sem dúvida vai despertar o interesse da nobreza. A princesa começou a chorar o livro perdido, não se importando com o que pensam.
     -- Que tipo de livrro é esse, princesa?
     -- O Livro dos Nove Reinos, todos os que são pessoas importantes e servos importantes tem um nos Nove Reinos, mas eu tenho esse livro desde pequena.
     Hadesh evitou dizer que ela ainda é pequena.
     Sua idade importa, e muito, nesse caso.

     Tórian relaxou, porque parece que fazer uma esfera de proteção foi cansativo, mas agora, atento, não perdeu nenhuma palavra da princesa, em conversa com Hadesh, o drakma.

     -- Você fazia anotações nesse livro, princesa? -- questiona Tórian.
     -- Fazia -- ela responde, tensa -- Notas, anotações e notas de rodapé. Tem várias anotações minhas, desde quando eu tinha cinco anos de idade. Foi como eu aprendi a ler.
     -- Eles não vão ficar com isso. Vão guardar para vender o livro depois.
     -- Concordo, Tórian -- disse Hadesh -- Mas foi uma grande perda.

     As portas do salão, um tipo de biblioteca, se abriram de repente.

     Pela porta entra um homem muito velho, mas ágil como um animal caçador.

     -- Diretor -- cumprimentou Tacke Prýmmus.
     -- Professor -- ele cumprimentou de volta.
             *

     -- Eu convido você a entrar, Raýla -- diz a voz de um garoto.

     Assim, ela atravessou a película, ocultando seus pensamentos, porque Gake é um ótimo adivinho e ela sabe que ele a está esperando, provavelmente para saber o que ela vai fazer.

     Provavelmente.

     Raýla entra e vê uma sala. O garoto tem uns onze anos, é branco, cabelos negros, e é de família pobre de trabalhadores. Ela vê luz no corredor, enquanto vai até o garoto, devagar. Sabe que deve ser difícil para ele, passar pelo que está passando, e sente o cheiro de alegria do Senhor Gake, a espera de que ela diga qualquer palavra contra ele para usar contra ela diante do Conselho das Trevas no futuro. Mas Raýla não vai fazer isso.

     O garoto está sentado em uma cadeira comum.

     -- Oi -- ela senta sobre os calcanhares.
     -- Oi,... -- disse ele -- S-Senhora.
     -- Qual é o seu nome?
     -- Mikadolon, Mika é o meu nome -- ele retornou, em linguagem formal.
     -- Mika -- ela concorda com a cabeça, de leve -- Você me conhece?
     -- Claro, Alteza, você é Raýla a noturna herdeira de Kokkiladon.
     -- Você sabe "por que" eu estou aqui, Mika?
     -- Existe um problema no meu quarto, que,... eu não sei explicar, então talvez eu tenha um problema.
     -- Não, Mika. Não há problema nenhum com você. Eu estou aqui porque nós precisamos de você. Você foi escolhido, e é meu dever guiar você através da Tempestade que está no horizonte.
     -- Eu,... Eu não entendo.
     -- Mas vai. Você está machucado? -- ela analisa com os olhos.
     -- Não. Não machucado, alteza. Eu não sei o que é. Está no meu quarto.
     -- Você vai para uma nova casa, Mika. Eu, Raýla, vou guiar você. Tenho de pedir que você venha comigo, e eu vou lhe proteger e um Mestre vai lhe ensinar. Você entende?
     -- Sim. Eu,...
     -- O que?

     Senhor Gake aparece no corredor, com movimentos suaves.

     Mika fez silêncio, e parou de falar.

     Para Raýla, ficou óbvio que o garoto tem medo de Gake, "e devia, mesmo", pensa ela.

     -- Venha comigo até o seu quarto, e vamos resolver isso.

     No quarto de Mika, uma estranha manifestação paira no meio do quarto, no alto.

     -- Um tipo de Vórtice, sem dúvida -- Raýla conclui.

     "Eu vou ter de cuidar desse Vórtice. Ele não tem treinamento, não sei o que ele pode ou não fazer, também, talvez ele pudesse fechar a anomalia, mas uma coisa é certa. A Tempestade, prevista por Abbas, está começando", pensa Raýla, incomodada.

     -- Venha.
     -- Eu não sabia que a Alta Senhora Raýla era dada a mimar seus animais -- disse Gake, sua voz vindo do corredor.
     -- Você,... (ela respirou, para se acalmar),... não sabe onde está se metendo, Gake. Isso é para o bem de todos, e eu vou ter de lhe pedir para me deixar fazer o meu trabalho, em paz.
     -- Paz? Agora você vem falar de paz?
     -- Há mais nisso do que você imagina, Gake.
     -- Vamos ver. Boa sorte, Raýla. Você vai precisar, de qualquer jeito. Eu já terminei por aqui. Não há nada além dessa anomalia. Que eles se mudem. Não se importe em proteger o gado de uma maneira tão enfática.
     -- O garoto tem o direito de ter uma família.
     -- Direito!? Você tem se alimentado, ultimamente, Raýla? Eu conheço a sua lenda, você era conhecida como O Terror da Noite, durante a Grande Guerra. Mas bem, parece que alguma coisa aconteceu e você amoleceu seu coração.
     -- Eles estão sob minha proteção, o garoto e a família.
     -- Sem dúvida, senhora -- Gake termina.

     A pequena brisa fria e sem emoções que Gake deixou para trás, enquanto se virou para ir embora, não se sabe, mas parece um sinal do que está por vir.

     Raýla esperou Gake ir embora, para continuar.

     -- Me ouça, Mika -- ela puxou ele de maneira suave, para a sala -- Você deve estar confuso, agora, e sem saber porque aquilo apareceu em seu quarto. Não temos como fechar aquilo por enquanto, mas você está sob os meus cuidados e sua família está protegida.
     -- Eu,.. Eu acho que sei como fechar,...
     -- Mesmo? Você tem capacidades especiais, que só você tem. Eu preciso que você comece a estudar as capacidades que você tem. Vamos ver, então.

     Raýla e Mika entram no quarto dele, e o Vórtice começa a se fechar. Antes de terminar, caem de dentro dois argoiles, argolas com corrente para prender uma pessoa.

     E o Vórtice se fecha, sob a vontade do pequeno Mika.

     -- Como você conseguiu fechar o Vórtice?
     -- Eu só me concentrei em retirar o que tinha de ruim disso aí, e em que estivéssemos a salvo de qualquer coisa ruim que existisse do outro lado. Só isso.
     -- Vou mandar os soldados guardarem os argoiles. Vamos! Sua família está bem de saúde, e você vai poder vê-los sempre que possível.
     -- Sim, senhora -- diz o jovem.
     -- Eu vou ser a sua tutora para o Conselho das Trevas de Abbas. Eu sinto cheiro de medo. Mika, vampiros sentem emoções sob a forma de cheiros, e você está seguro, não tem o que temer. Se você sentir medo perto de um vampiro, ele vai saber.
     -- Ehr,... Sim, senhora.

     Raýla deixou Mika adiante da porta de sua casa, e foi dar as ordens aos soldados, todos eles vampiros, foi o que o Conselho das Trevas enviou.

     Assim sendo, Mika tenta entender como conseguiu fechar o Vórtice, sozinho. Sempre foi assim, ele aprendera tudo o que sabe sozinho. Por conta própria. Ele fica em dúvida se vai se adaptar a ter uma tutora, mas sabe que deve confiar em Raýla. Ela garantiu que sua família vai ficar bem, e então seu pai e mãe podem ter mais um filho. Seria bom ter um irmão. Ainda assim, crescer longe desse irmão não era o que ele queria. Ele luta dentro de si, entre o obrigatório que é ir com Raýla aonde ela ordenar, e pedir para que sua família vá com ele, mas sente que isso seria pedir demais. Ele nunca pediu para ter essa capacidade, de fechar um treco como aquele, mas conseguiu e sabe que nenhum vampiro vai deixar ele viver uma vida normal, normal e pobre.

     Enquanto ele sonha com uma família que tenha recursos, Raýla volta.

     -- Agora, Mika, nós vamos para Mujjénnigi, meu castelo, e você se prepare para começar uma nova vida, enquanto viajamos.

     Raýla se vira para seu cavalo de guerra, para indicar o caminho.

     -- Made, eèneueklyèc o doesse na mukoime ovve.

     O cavalo relincha e parte em disparada, na direção do castelo de Mujjénnigi, e Mika, que inicialmente se sentia apertado com a partida, começou a gostar da viajem logo no seu início, porque nunca havia andado de cavalo de guerra. Raýla sem dúvida sabe o que ele sente. Ele sentia que podia vencer um exército, tendo um cavalo, e começou a ter essa vontade.
     Três dias de trevas, então, adiante.
             *

     Em teoria, 27 de Abril de 602 tka de Toj-éc.

     O homem entrou pela porta com ar de superior, e realmente parece que era. Tacke se posicionou para explicar o que aconteceu, prontamente.

     -- Nós não tivemos escolha, Diretor.
     -- O que aconteceu, Professor Prýmmus?
     -- Esta é a princesa Alenda Baech, das Ilhas Baech, nos Nove Reinos. Nós estávamos em terra, no oeste que dá para os Nove Reinos, quando fomos atacados. Tenho certeza de que foi a Guilda dos Ladrões, e eles estavam tentando sequestrar a princesa, então o aporte garantido de volta à Academia foi nossa última opção.
     -- Você fez bem, professor -- disse o Diretor -- O que eles roubaram?
     -- Um livro, o livro em que Alenda aprendeu a ler e escrever.
     -- Um dos Mil Livros dos Nove Reinos!? Isso é uma lástima terrível, Tacke. Com o perdão da palavra, que merda,... Nós da Academia sabemos o quão importante é esse livro para que usa, é um item de poder importantíssimo para a nobreza dos Nove Reinos.
     -- Infelizmente, só o que pudemos fazer foi fugir.
     -- Tudo bem, Professor Prýmmus. Você fez muito bem.
     -- Bom dia, Diretor -- diz o mago -- Eu sou Tórian Priatel-sa Drasce, mago de linhagem. É uma honra poder conhecer a Academia.
     -- Bom dia, nobre Priatel-ser -- diz o Diretor, só que com um pouco de receio na voz -- Não temos muito o que mostrar, mas é importante um mago de linhagem conhecer a Academia. Tem alguma coisa que você deseje, em primeiro lugar?
     -- Estou preocupado com a princesa -- revela Tórian -- Talvez fosse bom que ela comesse alguma coisa, depois do que aconteceu.
     -- Vamos abrir excessão, e vou mandar trazer comida para vocês aqui mesmo na Biblioteca Oeste, daqui a pouco.
     -- Obrigado -- Tórian agradece.

     O Diretor se virou e saiu, mas antes chamou a atenção de Tacke.

     -- Não deixe um mago passeando pela Academia, Prýmmus.
     -- Sim, senhor -- ele responde -- Fique tranquilo.
     -- Me interessa muito saber o que um mago de linhagem iria querer na Academia. Faça anotações sobre ele por nós da Academia, Professor.
     -- Não se preocupe -- garante Prýmmus.
     -- Quem são os outros dois, bajulando a princesa? -- e realmente, eles estava cuidando dela, do jeito que se deve cuidar de uma princesa, ou seja, deixando ela a vontade.
     -- Hadesh e o djine Baech, Diretor.
     -- O djine tem o mesmo nome que a realeza de Baech? Interessante.
     -- O que o senhor acha que eu deveria fazer?
     -- Eles são o seu grupo, por acaso, Prýmmus?
     -- Há pouco tempo, Diretor. Nos conhecemos no Templo de Marfim.
     -- Então, O Sonho está protegendo vocês,... Bom saber.
     -- Mais alguma coisa, senhor? -- Tacke arrisca.
     -- Não, nada -- responde o diretor -- Você pode mandar fazer os círculos de teleporte para cada um deles, assim vamos conhecer a assinatura mágica deles.
     -- Está tudo bem, senhor diretor -- Tacke começa a ficar um pouco nervoso. Ele sabe que Tórian vai saber disso, e que não vai gostar nada nada de a Academia saber qual é seu símbolo de aporte, mesmo que seja impossível impedir aporte por causa disso.
     -- Eu tenho afazeres, cuide deles.

     Hadesh e Baech fizeram todo o teatro de cuidar da princesa. Depois que o Diretor foi embora, Hadesh fez questão de perguntar.

     -- Você está bem mesmo, Alenda?
     -- Estou,.. quero dizer, não! Não estou. Meu livro foi roubado. É o livro com que eu aprendi a ler e a escrever, e tinha muitas e muitas anotações. Todas pessoais. Eles não vão conseguir ler nada disso, porque nossa magia não vai deixar, mas é uma dúvida que eu tenho, se eles vão conseguir ler, porque se conseguirem, vão descobrir que eu sou rogue. Isso seria terrível.
     -- Vem aqui, vem tomar um ar na janela.

     Hadesh puxou ela para a janela, mas percebeu que Tacke estava de olho. Assim, a conversa em particular terminou.

     -- Tórian Priatel-sa,... -- eles ouviram vindo da lareira. Tórian se aproximou -- Eu sou Gër, o Dragão de Prata, e sou o protetor da Academia. Seja bem vindo.
     O rosto do dragão de prata estava no fogo da lareira.
     -- Obrigado pelas boas vindas, Gër -- Tórian ficou impressionado, de o dragão protetor da Academia ter decidido falar com ele -- Eu prefiro ir para casa. Nós magos de linhagem temos nossos próprios segredos, e não vamos interferir com a Academia.
     -- Mesmo assim, Ryklant agradece a visita. Eu já avisei aos Nove Reinos que a princesa está aqui e que está segura, mas Ash quer conferir pessoalmente.

     Uma das pinturas começou a se mover, até que Ash, o dragão de prata patrono dos Nove Reinos apareceu na moldura.

     -- Alenda -- chama ele.
     -- Oi, Ash -- ela responde -- Eu estou bem de saúde.
     -- Bom -- ele replica -- Vou avisar seu pai.
     -- Roubaram meu livro de anotações -- revela Alenda.
     -- Quem foi que roubou? Você sabe?
     -- Parece que foi a Guilda dos Ladrões.
     -- Vou cuidar do assunto pessoalmente, princesa.
     -- Obrigada, Ash. Aquele livro é muito importante pra mim. Sei que eles não vão conseguir ler as minhas anotações, mas eu preciso do meu livro de volta.
     -- Isso vai ser difícil, princesa, mas vou tentar.
     -- Avise meu pai que estou bem, por favor. E que,... E que quero levar dois amigos para conhecer o castelo e as Ilhas Baech.
     -- São eles que te salvaram? Não se preocupe.
     --  Volto pra casa ainda hoje -- firma ela.
     -- Tenha uma boa estadia na Academia, Alenda -- Ash sugere -- A nobreza raramente tem a oportunidade de conhecer uma organização tão importante pela primeira vez, e você é a segunda herdeira das Ilhas Baech. Vou preparar a estadia dos seus amigos.
     -- Não é necessário, Asha. Eles são pessoas simples. Eu queria que não fossemos guiados nem protegidos por soldados, quero um pouco de liberdade.
     -- Que assim seja. Se cuide -- Ash termina.

     O quadro volta ao normal, e Tórian se despede do dragão patrono da Academia.

     -- Muito obrigado por isso tudo, Gër -- diz o mago.
     -- Agradeça ao Professor Prýmmus, Priatel-sa.

     Sua imagem se desfez no fogo da lareira, e Tórian olhou desconfiado para Hadesh e para o djine Baech, pensando no que eles estavam tramando de ir às Ilhas Baech.
             *

     O Grande Continente é enorme. Nele vivem, por exemplo, os Castlepeople, ou Pessoas Castelo, nome comum de um povo muito inteligente e que são castelos. Mas isso é no Oeste. Aqui no Leste Negro, único lugar do mundo que nunca teve problemas com a escravidão e vivem uma nobreza legislativa que garante a igualdade entre todas as pessoas, a Magia não é a única opção para solucionar os problemas da população. "Os Estudos", como são chamados, são um emaranhado de pesquisas feitas por estudantes de uma instituição, A Ordem da Luz, o centro da vida dos negros do leste do Grande Continente, razão de este povo trabalhar mais pela liberdade do que outros. Todo o resto do mundo é feito de senhores e servos.

     Viketklég é um senhor de negócios dono de um hospital.

     Tendo estudado na Ordem da Luz, ele ensinou sua esposa a fazer a contabilidade e também as técnicas de gerência que eles precisam para que o hospital continue funcionando.

     Eles tem um filho, e ele e sua esposa estão ensinando ele a ler e escrever.

     Viket decidiu morar próximo ao trabalho, para sempre estar atento e disponível para atender qualquer tipo de problema administrativo. Ele não é médico, schamant ou de outra forma tem magia para lhe ajudar. Ele contrata. Os nomes mundiais usados pela Academia da Magia, da Política e do Poder, na cidade de Ryklant, são pessoa comum e pessoa de poder, e Viketklég é obviamente uma pessoa comum, com o esforço de ser útil à sociedade em especial. Viket se considera ateu. Isso quer dizer que, pra ele, Deuses, Entidades e Tottems são apenas seres, com muito mais responsabilidade do que uma pessoa comum como ele, mas ainda assim não são criadores.

     O cuidar de pessoas em dificuldade é a sua maior alegria.

     Um dia, chegou da Ordem da Luz um pedido de visita a um dos mestres. Isso não é coisa que se ignore, eles podem estar prevendo algum surto de alguma doença, ou com informações sobre problemas de do outro lado do mundo.

     Depois de deixar sua esposa à frente dos negócios, Viket foi para Kimet, a maior cidade do Leste Negro, e capital da Ordem da Luz, construída ao lado da cratera onde caiu o Megalich, criatura que matou a raça ofýr e foi morto por Pitcher, que morreu para eliminar a ameaça gigante que possivelmente iria matar tudo o que existia em Toj-éc. Durante a viagem, em cima do tsuleque, não era possível estudar, coisa que ele adora fazer nas horas vagas.

     Uma semana e meia de viajem, e os Templos começam a dominar a paisagem.

     Ao fim da segunda semana, Viketklég chega a uma montanha onde a Ordem da Luz esculpiu um enorme Templo às divindades da Magia, do Conhecimento e da Morte, o Templo de Pýrlant, nome da cidade em que eles construíram, Terras de Ajuda. Viket foi falar com os monges, descendo do tsuleque e deixando-o aos cuidados dos monges do Templo, enquanto a caravana continuou o seu caminho até o litoral, mais uma semana de viagem.

     Algumas horas depois, Viket foi informado por uma monge que ele era esperado por Mestre Moolu, um dos maiores mestres da Ordem da Luz.

     Viket foi esperar ser atendido, em posse de sua mochila e de seu livro de anotações para viagem, envolvido em couro para não ter nenhum problema com a chuva.

     Uma monge veio lhe indicar que ele era esperado.

     Entrando na montanha, ele viu os maiores exemplos de arte e arquitura que já havia visto, com bustos de bronze que falam, e ele sabe que isso significa que ao morrer os cérebros deles estavam em perfeito estado de saúde. Ele passou por corredores de pedra, iluminados por tochas e onde se via relicários onde as pessoas acendiam velas e rezavam para a Magia, o Conhecimento e a Morte; ele não via muito sentido em rezar para a Morte, mas se é ela a encarregada de te separar do corpo e sabe-se o que acontece depois, sem teorizar, ela deve ser respeitada, porque o segredo que ela guarda deve ser um fardo difícil de carregar.

     Mestre Moolu estava sentado à beira de uma fonte de água limpa, que escorria formando uma pequena piscina, mas estava escuro e calmo o lugar.

     Depois que a monge se foi, Moolu estendeu a mão e todas as tochas se acenderam.

     -- Viket -- disse enfim, Mestre Moolu.
     -- Mestre Moolu -- Viket cumprimentou.
     -- Você foi chamado aqui por mim, porque a Deusa da Morte quer lhe beneficiar por seus trabalhos na saúde da população, e o Outro Ladro está melhor devido ao seu trabalho.
     -- Que honra -- ele concorda -- O que eu deveria fazer para agradecer o elogio? Mesmo não sabendo como é o outro lado, sei que a cura sem preconceitos e com tratamento igual para todos os que me procurem deve ter um efeito sobre os Reinos Dela.
     -- Você foi convidado a ser um Guardião.
     -- Que honra -- ele concorda, mas com dúvida -- Como farei para tomar conta de minha família e de meus negócios?
     -- Todos os Guardiões tem família. Isso ajuda. Você voa todo o mundo, atualmente exceto o império monoteísta, que não quer ajuda e é agressivo com os Guardiões, e volta para casa a cada seis meses, ficando livre por três meses para ficar com a família.
     -- Eu aceitando, o que mais eu ganho? Quais as responsabilidades?
     -- Guardiões ganham bem. Praticamente toda a nobreza deste mundo precisa dos Guardiões para levar entregas a outros nobres, e a população em geral se reúne ao redor de vocês para saber sobre outros lugares do mundo, ouvindo suas histórias. Seu daktyl está te esperando. Ele sabe quem você é e te escolheu. Eles são mais inteligentes do que pessoas, e um grito deles pode levar mensagens a mais ou menos duas mil distâncias, o que é o suficiente para resolver quase qualquer problema urgente. Só não se esqueça que ele te escolheu, sabe quem você é, e muito provavelmente está te esperando desde que você foi indicado para ser um novo guardião.
     -- Eu preciso avisar a minha família.
     -- Que ótimo! Isso pode ser a sua primeira missão. Seu daktyl vai entender, e vai preferir conhecer sua família, também.
     -- Como eu posso te agradecer, Mestre Moolu? Você deve saber que ser útil à sociedade é um dos meus maiores sonhos, e sendo Guardião, isso se cumpre, que eu sei.
     -- Aceite que existe algo de bom depois das Trevas. Aqueles que só veem pela Luz não podem desfrutar de uma noite tranquila sem ela.
     -- Vou incluir isso em minhas meditações, de agora em diante.
     -- Então, boa sorte, novo Guardião -- diz Moolu -- a monge que espera no corredor vai lhe levar até seu daktyl, que vai te levar até sua família. Há guardiões na Torre, e eles vão dar-lhe as boas vindas, só não exagere na bebida.
     -- Eu não bebo, mas entendo a orientação -- Viket se levanta, estavam sentados à beira da fonte de água limpa, até a conversa acabar -- Obrigado, Mestre Moolu. Agora, eu devo ir.
     -- E eu, meditar. Não se esqueça de mandar mensagens.
     -- Nunca irei me esquecer de você.

     Viketklég se levantou para ir, e Mestre Moolu apagou todas as tochas com um aceno circular de mão.

     A monge o levou até a Torre dos Guardiões, onde realmente eles todos fizeram uma festa para agradecer por ter mais um guardião entre eles, e ele conheceu seu daktyl.

     Viket fez o treinamento, que durou duas semanas.

     Depois disso, e uma vez acostumado com seu daktyl e sabendo as principais palavras da língua dele, foi voar até sua família para deixar tudo em ordem pelos próximos seis meses.

     Ao chegar em casa e explicar tudo à família, sua mulher e filho ficaram agradecidos por seu novo trabalho, apesar da distância e da separação. Ele se deitou para tentar fazer mais um filho naquela noite, preparado para ser um guardião dos céus de Toj, Kalagot e Treiyka, uma vez que aprendeu que existem passagens e que ele ficaria conhecendo os outros dois mundos.
     Neste tipo de situação, Viket bebe.
     Vinho, com sua esposa apenas.
             *

     Depois que o dragão de prata dos Nove Reinos foi embora e o quadro voltou a ser o de uma senhorita a espera de seu amado, todos ficaram em silêncio.

     Um hora mais tarde, Alenda convidou a todo o grupo conhecer as Ilhas Baech, mas apenas Hadesh o andarilho e Baech o djine aceitaram.

     -- Tenho muito o que fazer em casa, princesa. Os reinos de Priatel são poucos, mas são vários, e minha família administra todos os territórios ao redor da Montanha Adormecida. Eu já estive nessa montanha, mas existe um elemental do gelo nela que destroi qualquer um que tentar chegar perto do alto da montanha; a minha sorte é que eu falo a língua dos elementais.

     Tórian deixou claro nessa que ele é poderoso e responsável, e que não vai abandonar suas terras para ir visitar a princesa.

     -- Eu tenho de dar aulas, inclusive dar explicações do porque não estou em sala de aula agora, porque quando sumi estava me praparando para dar aulas.

     A princesa se despediu de Tacke e Tórian, e ela, Hadesh e Baech entraram em um círculo de teleporte complicado, e que iria levá-los direto às Ilhas Baech. O teleporte foi feito em uma sala lateral da Biblioteca Oeste, de pedra cinzenta.

     A sala cinzenta foi embora, em direção ao horizonte, e a sala de rituais do quarto da princesa Alenda veio para ocupar o seu lugar.

     Entrando no quarto, o luxo se fez presente. É possível ver algumas casas grandes, em meio a uma coisa que eles não esperavam. Os jardins. Do quarto da princesa dá pra ver jardins em todas as direçoes, com essas casas grandes e mansões entre os visgos e flores. Flores de todas as cores, além de coretos de madeira e metal, espalhados por toda a área.

     -- Minha casa tem um jardim -- diz a princesa rogue ao seu grupo.

     Alenda chamou uma serviçal e deu uma extensa ordem, mas foi em outra língua e Hadesh ficou sem entender nada; Baech nem tentou aprender a força, porque os olhos ainda doíam. Alenda estava guiando seu grupo. Eles saíram do castelo e foram para uma das mansões, e foi então que Baech percebeu o quão rica era a princesa, pois o castelo tinha mais de uma centena de cômodos. Todos os servos abaixavam a cabeça, ao ver Alenda passar. Hadesh sentia uma coisa estranha. Ele não sabia o que era, mas estava certo de que boa coisa não era, principalmente nos soldados supertreinados e na aparência militarística das vestes de soldados do reino.

     -- Vamos dormir aqui -- disse Alenda.

     A tarde foi gasta observando os jardins da mansão.

     Hadesh tentou dormir, mas só teve pesadelos. O djine Baech, ao contrário, estava quase que se sentindo em casa.

     Alenda já estava de pé antes do amanhecer. Foi quando chegou um oficial para averiguar quem eram os convidados da princesa.

     -- Olá! Que bom que vocês também levantam cedo. Eu sou Piet, chefe de segurança das Ilhas Baech e quero agradecer. A princesa disse que vocês a salvaram da Guilda dos Ladrões, e que o livro dela foi roubado. Não restará ladrão neste mundo, se o livro não for devolvido.
     -- Calma, Piet -- riu a princesa -- Eles me salvaram. Eu me lembro de ter lido no meu livro que eu estou em dívida com eles, e vou cuidar da segurança deles onde estiverem.

     O oficial não deixou de perceber o final da sentença.

     -- Eu não quero nada em troca -- disse Hadesh.
     -- Eu também não -- completou o djine.

     Alenda fingiu ignorar o que eles acabaram de dizer, mas o oficial não.

     -- Quem são vocês? E de onde vocês vem? -- quis saber o responsável pela segurança.
     -- Nós somos andarilhos, mas eu venho de Treiyka e sou drakma.

     Para o oficial, ser um drakma resulta em ser um guerreiro, e passou a tratar Hadesh assim.

     -- Tudo o que nós queremos é que a princesa esteja bem de saúde. Seu livro foi roubado, e isso é uma afronta aos Baech. Um novo livro será feito, e irá saber que o anterior foi roubado de você, princesa.
     -- Se é assim que deve ser,...
     -- É assim que deve ser, princesa.
     -- Eu aceito o novo livro.

     Depois disso, eles foram passear nas alamedas de jardins entre as mansões. Os nobres ficavam parados, enquanto Alenda não os cumprimentasse, mas os servos não, todos eles abaixavam a cabeça enquanto ela passava.

     -- Alenda, eu preciso falar com você.
     -- O que foi, Hadesh? Estamos protegidos, eu garanto.
     -- Tem alguma coisa errada aqui, princesa.
     -- O que? Não tem nada errado! -- ela começou a ficar com raiva, e todos sabem que não é uma boa ideia deixar uma princesa com raiva.
     -- Eu quero ver a cidade, princesa. Se você puder nos levar até lá.

     Alenda parou um soldado e começou a falar aquela língua estranha de novo, e enquanto isso Baech lhe puxou a orelha.
     -- O que que é, lagartão?
     -- Não tenho certeza, meu amigo, mas você fica calado e não diz seu nome a ninguém nesse lugar, de jeito nenhum.
     -- Uh,... tudo bem, fica assim então.
     -- Preciso ver a cidade para ter certeza.
     -- E parece que não é algo de bom.
     -- Pode ter certeza.

     Eles deixaram Baechfastnung sem guarda.

     Hadesh, muito atento, percebe que todas as pessoas abaixam a cabeça para a princesa, mas que todos tinham medo de alguma coisa.

     Muito com jeito, ele explicou a Alenda que ele precisava ver umas coisas e, agora que viu que a cidade era segura para ela e eles, ele ia ver o que era, e foi. Não demorou muito até ele ver o que sua intuição lhe dizia que era verdade.

     Havia um número de homens vestidos de cinza, a cor do dragão dos Nove Reinos, castando magias em todas as pessoas, enquanto Alenda passa pelas ruas.

     O babado em zigzag cinza nas roupas deles era o sinal.

     Ele se distanciou da princesa e pode ver homens vestidos de branco, observando as ações do grupo que vestia cinza.

     Um dos homens vestidos de branco apontou uma rua pequena, e vários dos cinzas fora para ver o que era, mas Hadesh sabia que não era boa coisa, e esperou.

     -- Vai querer, estrangeiro? Hoje temos pé de galinha.
     -- Pé de galinha?! Muito obrigado, mas eu estou sem fome.

     Hadesh esperava ouvir de tudo, mas "pé de galinha"?! Ele se prepara.

     Assim que os homens de cinza saíram do beco, ele foi para o beco e entrou. Havia rastros de luta, e sangue vermelho no chão. Ele tocou o sangue e era quente, ou seja, ediche. Só havia uma explicação possível. Os Nove Reinos realmente declarou guerra a Guilda dos Ladrões, e agora estavam caçando todos os ladrões que encontrassem.

     Ao voltar, ele decidiu seguir a princesa e não andar junto dela.

     O djine viu um anúncio de que tinha cerveja em um lugar, e pararam.

     A cerveja, quente, era ruim, e ofereceram pé de galinha como comiga, o que a princesa nem estava se preocupando, mas o djine viu que era isso que o povo comia.

     -- Hoje é sábado! Temos pé de galinha.

     -- Não, obrigado -- responde o djine -- Alenda, você não vê?
     -- Vê o que? Eu não como a comida do povo, eu como no palácio.
     -- Estamos quase em um dia santo e as pessoas estão comendo pé de galinha! Não é possível. Você não vê que tem algo errado? O lagartão tem razão.
     -- Não tem nada errado, e você está me aborrecendo.
     -- Não é de propósito, princesa. Vamos esperar Hadesh.
     Hadesh veio até onde estavam, esperando pra ver o que iria acontecer. Não era mais possível ver os homens de cinza, quem dera os de branco.
     -- Eu não aconselho beber da cerveja, lagartão.
     -- Não se preocupe, não vou -- resumiu Hadesh, sendo bem claro -- Princesa, eu já vi o que eu queria ver, e acho que devemos voltar para o castelo antes de anoitecer.
     -- Tudo bem. Eu só quero que vocês estejam em segurança.
     -- Todo drakma é um guerreiro, princesa -- resumiu ele.

     De volta a Baechfastnung, com todos os jardins maravilhosos, Hadesh e o djine Baech não precisavam nem comentar o que pensavam, mas concordavam.

     A princesa foi chamada até a presença do Rei, seu pai.

     Hadesh e Baech não conseguiram entender o que eles diziam, mas era óbvio que o rei estava muito preocupado, e um novo livro foi entregue à princesa, dizendo ela:

     -- Verführen kai lust, mich Buch de.

     O livro se iluminou sozinho, e ela o recebeu abraçando ele.

     Assim que a cerimônia terminou, Alenda levou seus convidados de volta à mansão lateral do castelo de Baechfastnung, para descansarem.

     Eles comeram bem, e chegou a hora de ir dormir.

     Não teve como, e apesar de Hadesh ver que o djine caiu no sono, ele não conseguia. Era maldade demais manter um povo assim sob o total controle da nobreza. Ele ficou na janela. Apagou as lâmpadas, e pode ouvir a princesa, na janela acima da dele, que murmurava ensadecida, como se pudesse ter seu livro antigo de volta, até que o drakma ouviu ela dizer.

     -- Pai, estou aqui! Eu quero meu Kennbuch de volta! Me deram um livro bebé, e eu vou ter de ensinar tudo a ele, eu quero a guerra contra a Guilda dos Ladrões!

     Não houve palavras em retorno, mas a resposta pairou no ar.

             "Tem certeza? Você sabe em que foi treinada".

     -- Então, eu coloco um prêmio, cinquenta mil peças de ouro para quem me trouxer o livro e a cabeça de quem estava com ele, com as provas de que era um ladrão.

             "Você vai perder a liderança de quem foi treinada para isso".

     -- Não me importo! Eu quero a cabeça do ladrão que roubou, ou melhor, deles, porque pude sentir que eram vários, um grupo inteiro. E o meu livro!, de volta.

             "Você vai encontrar o que mais precisa, por isso".

     -- Obrigada, Senhor da Prata! Tudo o que eu queria era estudar mais.

     Hadesh não conseguiu ouvir mais nada, além disso, mas ficou assustado. Alenda tem onze ou doze anos, e está colocando preço pela cabeça de quem roubara seu livro.

     Do que mais seriam capazes os Baech, era o que ele pensava.

     Esta noite, ele não conseguiu dormir.
             *

     No dia seguinte, Alenda levou Hadesh com ela para ver o pai.

     Eles atravessaram corredores com pinturas muito bonitas, iluminadas por amplas janelas, depois uma escadaria de cinco níveis, esculpida em madeira dura e encerada. A parte superior do castelo pareceu um pouco confusa a Hadesh, era seu pensamento.

     -- Pai! Eu estou aqui.

     Sentado em uma sala de chá, Hadesh viu o homem mais pobre do mundo. O jogo de xadrez diante dele estava esquecido. Ele tinha tons verde podre na pele, e no rosto. Cabelos desgrenhados. Estava, sem dúvida nenhuma, sob controle de magia negra. Ou seja, é magia negra que está controlando as Ilhas Baech, conclui o drakma.

     -- Pai, você pode me ouvir?

     O drakma sente o perigo vindo do velho homem, naquela sala de chá.

     O pobre homem se moveu e pegou uma formiga com a mão, sem machuca-la. Então, ele tentava falar, mas não conseguia. Havia uma sombra em seu rosto. "Formigas",... pensa o drakma. O velho colocou a pequena formiga de volta na mesa de xadrez. "Ele é uma formiga, em um tabuleiro de xadrez totalmente controlado. É o que ele está tentando dizer a ela, mas como eu vou falar com ela sobre isso? Como posso demonstrar? Ela deve estar sob controle também", pensa Hadesh. Alenda olhou por um longo tempo nos olhos de seu pai, sem dizer nada.

     -- Entendi, respeitar a vida acima de tudo. Obrigada, pai. Eu estou feliz que o senhor está bem, e vou ir descansar agora.

     "Mas como ela não consegue ver? Ela é rogue, não faz sentido", pensa Hadesh.

     -- Antes de ir, eu preciso te dizer que perdi meu livro. A Guilda dos Ladrões roubou, e eu vou querer o meu livro de volta, custe o que custar.

      E então, chegou uma serviçal, a cuidadora dele.

     -- Obrigada, pai.

     Hadesh seguiu Alenda até as escadarias, onde ele não aguentou.

     -- Alenda, seu pai está sob control de magia negra.
     -- O quê?! Não está. O que você quer dizer com isso, Hadesh?
     -- Eu preciso que você se controle, e não fique com raiva de mim, porque isso pode ser parte das magias de controle. Parte das magias que estão controlando você, seu pai e seu reino.
     -- O que você está tentando dizer? Eu não estou entendendo.
     -- Eu sei o seu segredo. Nós dois, eu e Baech sabemos. Você deve usar tudo o que você sabe e aprendeu como rogue para resistir ao controle. E, por favor, não fique com raiva de mim.
     -- Eu não entendo. Você está falando coisas sem sentido.
     -- Eu vi o seu pai, o rei. E eu vi ele pegar uma formiga e colocar na mesa de xadrez. Ele estava tentando te dizer que ele é apenas uma formiguinha, numa mesa de xadrez totalmente controlada. Era isso que ele estava tentando dizer.
     -- Eu vi isso. Mas o que você quer dizer? Ele estava,... só,... Eu não entendo.
     -- Tente -- ele sabe que não pode usar poder -- Você está sob efeito de magia negra, eu nunca habia visto você dizer que não entendia tantas vezes, assim. Tente.

     Monges são pessoas muito interessantes, que não realizam Magia.

     Hadesh sabe que não pode usar Poder, que é o equivalente de Magia para um monge, mas existe um poder monge que não falha. Exaltação. Assim, ele exalta a tentativa dela em resistir ao controle, e ela se assombra. Ela conseguiu. "Temos de fazer isso com meu irmão, o herdeiro", pensa ela. Exaltação não era a melhor qualidade de Hadesh, mas funcionou. Ele tentou não usar muito poder nela, para não chamar a atenção, e ela tem um olhar diferente, rebelde, focada e totalmente sob o próprio controle de sua consciência, Hadesh percebe.

     Alenda sente a mente limpa, limpa como o céu sem nuvens.

     -- Vamos sair daqui -- diz o drakma.
     -- Entendo, é perigoso -- diz a princesa rogue.
     -- Vamos nos reunir com o djine.
     -- Vamos voltar e tirar meu pai desse transe.
     -- Não é uma boa ideia, Alenda. Sem dúvida todos os serviçais estão sob o controle dessa feitiçaria, e eu estou pensando em salvar você primeiro.
     -- Temos de tirar meu irmão herdeiro do controle deles.
     -- Ele é jovem, isso é mais fácil.

     Eles terminaram de descer, indo para a mansão lateral, onde está Baech, o djine.

     -- Se vocês estão falando, eu acredito.

     Estas foram as palavras de Baech o djine sobre o assunto.

     A noite chegou, e eles se assustaram com o medo de Alenda.

     -- É que amanhã vem uma comitiva ubbersidha de Kalagot visitar meu pai, e ele já deu a ordem para que meu irmão o herdeiro receba eles.
     -- Você confia no seu irmão? -- a dúvida de Hadesh era muito séria.
     -- Confio. E a Urna, os sonhos e o destino dele foram salvos. Isso tem de valer alguma coisa, ou nossas missões para O Sonho não fariam sentido.
     -- Está certo, isso faz sentido.
     -- E agora? O que eu deveria fazer?
     -- O djine vai chamar os outros, e nós vamos salvar você -- Hadesh conclui.
     -- Minha cabeça,... Eu estava mesmo sob um feitiço. Agora eu vejo.
     -- Djine, é a sua vez. Mande uma mensagem, com o,... Alenda, você sabe o nome mágico de algum lugar por aqui? Eles precisam de um lugar com nome.
     -- Sim, tem sim -- diz a princesa -- No tunel, abaixo da árvore que fica na diagonal aqui da mansão, e tem outros lugares com nome também, mas são longe. O nome é "Vier".
     -- Djine, você sabe o que fazer.

     Eles esperaram, mas não houve resposta.

     Algumas horas intensas de preocupação depois, Hadesh sentiu que os guardas já sabiam. Eles haviam caído em uma armadilha, seriam presos e mortos. Assim, a única saída era atacar e pegar a coisa mais preciosa que existia ali, um sinal de que Alenda era herdeira também, no caso do irmão dela não conseguir sair do controle deles.

     E, então, fugir.

     -- Alenda, qual é a coisa mais preciosa no Castelo?
     -- Eu não sei. Bem, a Guarda Branca sempre reza na Torre de Báech, e eles usam um livro diferente. Todos devem ouvir as preces ao menos uma vez por semana.
     -- É isso! É o livro! Sabia! Nós precisamos do livro.
     -- Como assim?
     -- Ah, vamso lá, Alenda,... Você é uma rogue. Pensa.
     -- Como você sabe?
     -- Eu e Báech conhecemos a roupa e os equipamentos que você estava usando, no dia em que roubaram o seu livro; e você colocou um prêmio pela cabeça deles, que eu sei. Mas esse livro que precisamos pegar é diferente, eu tenho certeza.
     -- Tudo bem, eu concordo que vocês dois saibam. Tive o treinamento como ladina pelo meu livro, aqui os livros são inteligentes.
     -- Viu como você sabe o que é o certo? -- Hadesh sorri.
     -- Está certo, precisamos do livro. Se o objetivo for libertar a nossa nobreza do controle desse grupo que vocês dois descobriram que controla o reino, precisamos do livro.
     -- Então, tudo certo -- concorda o drakma.

     De repente, Alenda foi tomada de desespero.

     -- Não dá, não dá, não dá,... Eu não sei o que eu estou fazendo,...
     -- Alenda, respire -- diz Hadesh -- Tome o controle sobre você mesma.
     -- Confia no lagartão, princesa -- diz o djine.

     A missão começou em algum ponto daquela noite embaçada, e eles saíram pela lateral da casa para os jardins. Saída dos empregados. Alenda guiava eles pelos jardins noturnos. Ela sabia onde estava cada guarda. E, então, eles avistaram a Torre de Báech, uma janela de luz. Eles veem guardas em todos os lugares, mas havia uma entrada pela qual podiam entrar e sair sem serem vistos, e avançaram devagar.

     Quando Tacke aportou para o lugar com nome, "Vier", ele já sabia que boa coisa não era pra esses três estarem mandando pedido de ajuda.

     Andando bem devagar, ele tentou localizar os três sem magia.

     Ele não é acostumado a andar sem ser percebido, mas fez todo o esforço do mundo. Enfim, ele viu a Torre de Báech, com uma única janela iluminada e os três andando pelos jardins em direção a essa Torre, porque o djine lhe enviou a posição deles. Ele sente ilusões em todo o lugar. Se elas forem ativadas, devem ser ilusões antigas, elas vão tomar vida própria e atacar.

     Tacke decidiu apenas esperar, e ficou escondido nos jardins.

     Alguns momentos depois do trio invadir a Torre, Tacke sente o pedido mágico de noção vinda do lugar com nome, e Tórian consegue localizar o professor nos jardins. Acontece que Tórian é um mago muito esperiente, e sem ser notado, rapidamente se une ao professor, à espera do que os três vão fazer. O mago murmurou "Se prepare para voar em uma tempestade", e Tacke concordou com a cabeça.

                                                   @Revisão@
                                              @Translating to Portuguese@

    Tacke just waited, and some moments later Torièn came, the same way as him, and he murmurs "I detected weird magic in this place. Look. They're trying to climb the Tower Defense of the castle. I don't know what's going on here, but I don't like it", and the mage Toriàn looked at the tower. "I can get us there in ten seconds. Get prepared to fly under a stormwind", and Tacke only nodded.

    When Hadesh got to the top of the tower, he saw the Book on a reliquary.

    In complete silence, Lena entered the room, but of course, whoever is keeping an entire country under a spell, a black magic spell, would notice.

    The door opened, and the was a white dressed man in there coming. He's with a wand on his left hand, and the lightning just missed the princess by a smallmeasure, but Hadesh felt, immediately assuming his takkar beast form and jumping over the tower wall.

    TThhphfffóóooooaaaaaagghrrrrrssssshhhh.........

    Toriàn lifted Tacke, invocating a strong stormwind upon the place.

    Hadesh shouted "Jump, djine!", but he didn't, and at the point the djine stays the takkar entered the tower to attack the mage, and Lena escaped another lightning, the same moment Hadesh entered from the window, and the djine throws his blade on the white mage.

    "How can he hit the target from there, in the garden?", Hadesh disbelieved.

    The takkar assumes his normal form again, but jumped over the reliquary and took the Book, and so the two mages came entering the place.

    - What's happening?
    - We need to get off here, now! - yelled the tyke.

    He just jumped again, and got the white wand from the white mage, dying with a sword on his chest, and on this moment Toriàn cried them out. The tyke took the djine's sword with another very fast move, at the same time.

    - There's an epic spell being cast over us! - cries Toriàn.
    - HOld us on a sphere, and I'll negate the epic spell! - yelled Tack.
    - Princess! - Hadesh moved fast enough to get her inside the sphere of force, and everything just desapeared, Toriàn tried to make a sphere with just every element.

    The djine wished to be there, but ended in another place.

    At this moment, the sound of explosion was so strong they know they're only alive because of the sphere, or it is what they believe. Another huge explosion happened, and Tack used all his energy to cast the most powerful epic negation he could ever cast on his life.
    Then, it ended.

    - Oh, no. You won't like this.
    - What, Toriàn?
    - Well, Hadesh, we,... we're at the Nothingness.
    - And how we get out of here?
    - I don't know. Tack?
    - I don't know, too.

    The hours were passing, and the sphere of force their only protection.

    Hadesh starts then to cure Toriàn, what may help him to keep the sphere around them, but there they could do nothing, nothing they could imagine.

    (At the Rock in the Sky)

    Báech the djine was in a rocky land, but he got close to the border to see he was on the sky, floating just over the big Island he was before. "How this happened?", he wonders, trying to understand how his wish got the wrong way, a thing that never happened before. The explosions down there were destroying the Báech Castle. He just passes the left hand on his head and face, and got away from the border.

    Two or more minutes later, he got to the center.

    It was a number of rocks, in strange positions, armed around a series of magic symbols in the form of a spiral, but he could not see the very center.

    - Now I'm here, I'll try to open this. I really want to know why I came here.

    He's bad in terms of symbolics. This is one of the taboos, so he decides to try another way. But every wish he tries makes the symbols change.

    After trying for two hours, he then entered the spiral.

    He walks until it's center and casted a wish breaking, a thing he alone knows how to do, how to break a wish from another djine, or even every similar magic and black magic alike. He know's he can faint. He just prepared to fall, if the black magic was strong enough to counter him.

    And it worked.

    All the black magic symbols sudden starts to disapear, and a hole starts to open.

    He steps back and soon he sees a treasure down there, a treasure big enough to buy a whole empire, as the secret treasure of a dragon.

    And so it is.

    A Silver Dragon comes from the room of treasure, mounted by a dragoniere.

    Music :: http://www.youtube.com/watch?v=-KNS-v2iuAA

    - Thank you for freeing us. I'll go get your friends. Wait here.

    (At the Nothingness, hours later)

    Four long hour later, the takkar explained everything to them, while Toriàn keeps the nothing outside, they start to sense air is dying inside. Then, the mage in control of the sphere said it was moving. They listen to Torièn describing a huge dragon with four wings holding them. A few minutes later, they got to some place.

    - There were five epic spells casted on us, Tacke.
    - It's no important, now, Toriàn. Are you sure it's a dragon who's taking us?
    - We're back from nothingness! - he shouted, really happy.
    - Where are we?
    - We're coming to a flying island, Tacke.
    - Great,... - mutters Tacke.

    As soon as they came, the dragon negated their magic, and Toriàn got to his knees asking for water.

    - Thank you for freeing us, friends. I'm Baldee, and this is Ashe the Silver Dragon.
    - Hey! I'm here. (shouted Báech, coming). Are you all right?
    - Yes, Báech. Torièn needs water, Tacke, could,...
    - I'll take you to whatever place you want to go now, friends. Where'd you wan't to go?
    - Do you know the Temple of Ivory? - asked Tacke, in doubt.
    - Of course. That's just in time, and that's good I'll need to talk with the Dreammaker, so I'll teleport you to the Ivory Doors, right now. Thank you, again.

    Then, they were teleporte, easy, but easier than a wish.

    "Who is this man?", thought Tacke, "And is that the Silver Dragon? So, who is the patron of Nine Realms? It sounds as he's an impostor, then,...", he concludes.

    (Safe, again)

    - Welcome to the Temple. (the Dreammaker himself were to reception them). I was watching everything,  so no need to explain.
    - Water,...
    - Come in, everyone. Here's water for you, Torièn.
    - Thank you,... - he gets the coming-from-nothing bottle, and drinks.
    - I'll conjure a feast for you.
    - Thank you, Dream. - says Hadesh.
    - You're welcome.

    At the Temple of Ivory, they eat and drink until satisfied enough. Then, the Doors opened and the dragoniere came, to talk with them.

    - Thank you, Dreammaker.
    - You're welcome back, Saint Baldee. Have a sit with us.
    - So, that is the real silver dragon?
    - You're Tacke, right? Well, yes. I lived in another era, and I'll need to let the problems to this era's people, but I can grant you Ashe is the real silver dragon.
    - You two were locked in there?
    - Yes, princess. The actual person who did it is already dead long ago, but your kingdom's people did nothing to free us, until your friend Báech the djine could do it.
    - What you need from me, Baldee?
    - Well, nothing for the moment, Drammaker. But well, I'll talk to you later. I just came to thank you people again, because no one knew we were inprisioned.
    - That's good to know. - said Tack.
    - I'll need to go, now. I'll be very pleased to meet you people again, as soon as I can.
    - I'll let the Doors opened to you.

    Having said that, the Dreammaker got to the group.

    - Can,... anyone of you explain me what happened?
    - I'm not sure, Lord. (said Toriàn). I got there in the middle of the action, and it just exploded, as if someone ignited an alchemist's apothekary.
    - I think I can explain to you, Toriàn. I was with princess Lena, and the djine Báech in Báech Islands, her kingdom, but there's obviously a secret society ruling the nation. I did my best to show it to Lena. The problem was she was under a mass control enchanment, too.
    - And what happened we killed a man in that tower? That's going to explode in our faces, now.
    - I think not, Tack. We're here with the princess, and she's the right to know, and to fight for the freedom of her people - resumed Hadesh.
    - Do you think we're going to get into trouble, Dreamlord? - the djine's voice was worried, and everyone looked to him, and than to the Dream.
    - Well, yes. But not even the most important entities from Toj knew of this order, djine. This is a secret that all of a sudden came to the open. I've never said this missions would be easy, but I never thought this to happen, a secret so well guarded,... that's interesting. And, anyway, I'll be on your side.
    - Thank you, Dream. - said Toriàn - I know you're a neutral entity, and you'd never enter a question to take sides, then, why?
    - I am responsible for gathering your group - says the Dream.
    - What happens to my kingdom, now, Lord?
    - I have news for you, princess. The Avatar for the godess of death, Efemmera, did tell me a secret, just before you all come here, now. She says you never wanted to be the Queen.
    - Well,... (everyone looks to her, while she speaks),... that,... is really true.
    - I'll have to investigate who's before it, but this your wish, it exactly happened. You were out, at the Nothingness, a place with,... well,... nothing. This way, I think my urgency to ask you for your first mission was right. It seems the succession to the throne is magical. The first Urn was you brother's, princess.
    - Ohe,... - said her - Is my brother well?
    - Saint Baldee went to rescue him, at this very moment. It's him first appearance, since he was locked into that flying island you saw.
    - Ohe,... then,... he's oka - she sighed, in relief.
    - But your father, princess,... - said in a worried tone the entity - he was at the castle, at the moment the explosions started to happen.

    She stared in silence the entity.

    - Your brother's king.

    It came a moment of silence, like if it were a tomb, so the djine looked from each one and to the others, all and over again, and broke the silence.

    - Long live the king! - and he lifted his glass.

    Lena lifted her glass, at the same time she started to cry.

    She was terribly sad and tremendously happy, for she didn't be the queen. All at the same time. Her father's dead, but by her own actions her brother's safe. Soon, she was drinking. She never did it, in her life. And she had never a moment so dubious.

    Báech notice the Lord started to change form, and assumes a foglike appearance.

    The Dream so waited for her moment, and resumed.

    - You're all invited to sleep on the Temple, to recover from this all. I don't know yet if the king may come, as this is a difficult mission for the Saint, princess. And your family's invited, professor.

    (End of Session)

    Some Considerations necessary

    Who are these people in control of Báech Islands?
    And why Báech the djine has the same surname for the ruling family of Báech?
    He doesn't remember anything before his eighteenth birthday, but that is a thing you just don't forget, even if you suffers amnesia like him.
    Who is doing all this, hidden in the unknown?

    Who is the Enemy?



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