Saturday 19 February 2011

Akkia (Gramática)

Akkia, a língua do povo sem nome
    Sol Cajueiro

    # Kataba

    1. Mundane: quando se fala das coisas sem importância, o dia a dia, da filosofia prática, da solução de problemas práticos, gerência, da política e gestão do quotidiano, mundano e pragmático, necessário para se ter uma vida fundada na necessidade prominente.

    # Kalamakundaliyra

    2. Storytelling: quando a narrativa se torna o focus da língua, a ser usada desde em uma simples conversa entre conhecidos, a até todas as formas aplicáveis da arte de se contar histórias, sendo a trajédia a forma mais importante desta arte.

1. Declinação:

    # Em Akkia, as palavras podem ser marcadas com seu caso gramatical. O caso indica diversas qualidades de uma palavra. Nome, pronome, adjetivo, quase-verbo, advérbios, ou conjunções podem sofrer modificação, que em sendo uma declinação são adicionados ao final da palavra. Em relação a casos, Partículas são uma classe a parte, e que pode ou não sofrer modificação. Não há plural, mas o partitivo pode indicar plural indefinido. Não se esqueça que verbos também sofrem alterações, quando derivam de uma palavra que não era um verbo originalmente, e que todos os demais casos a se lembrar são prefixos, sufixos, segundas sílabas e terminações, ou condicionantes.

    K'iyba (declinação)

    0. Nome, e Operador: tópico, focus, ou argumento. Não sofre modificação, a não ser por condicionantes (sufixos), mas pode sofrer alteração por partículas (sempre posposições), e pelo contexto sugerido pelo verbo, ou pela posição do verbo, sendo adjetivos sempre usados antes da palavra a ser definida. Ítens em uma lista sempre são usados no nominativo, sem excessão, mas o último ítem pode sofrer modificação por declinação, ou por uma partícula, e assim esta condição se aplica a toda a lista.

    Nota: o Operador também pode ser um Verbo, e o nominativo não é considerado uma declinação, mas sim uma forma básica, que também pode ser usada a qualquer momento. O Operador é a palavra essencial, que não pode ser ignorada na sentença, sob o risco de produzir uma sentença agramatical, e em um enorme número de vezes, na verdade, é o Verbo.

    1. Acusativo: -ta, -kawa (formal). Sempre indica o argumento.

    2. Dativo | Lativo: -i, -le, -vi (formal, female speaker), -wi/-wai (formal). Indica movimento, recepção, ou direção (para), e também indica objeto indireto.

    3. Genitivo: -ne, -n (separated pronounce), -nen, -in, -ine, -inea, -sawa (formal). Indica posse, componente, ou participação.

    4. Trigger (Gatilho): -a; -ea, -ya, -ia. Evidencia marcando a palavra que é o focus. Indica a palavra a mais importante na frase, ao redor da qual o argumento do operador é construído.

    5. Equativo: -e, +e. Marca igualdade, o mesmo, semelhança, comum, ou relação em comum.

    6. Partitivo: -ta, -(k)iya, -kami (formal). Marca conteúdo interminado, indeterminado, indefinido, ou de identidade desconhecida. Pode marcar plural indefinido.

2. Verbo, Adjetivo e Quase-Verbo

    a. Verbos clássicos terminam em uma destas terminações:

    Presente: -dda, -tta, -la, -oa, -va, -ja, -dja, -uma.
    Particípio: -(d)dune, -(t)tune, -lye/-lyune, -one/-onne, -vune, -june, -djune, -umene/-umenne.
    Passado: -tu, -ttu, -u, -etu, -ddetu, -shitu, -letu, -ou, -vug, -jyug, -djeu, -umu.
    Participante: -re (presente), -ture (passado), -ire/-ireru (provável, e passado provável).
    Provável: -i, adicionado a uma outra terminação.

    Auxiliares: asta, vai, +shita, et, edden, +iru, erabe, den, ye, der, el, en, dame, datta, dunne, dai, ne, nekken, das, taaka, te, she, ika, tokiha, io, tatta/e, go, ya(l-a).
    Demonstrativos: me, nan, era, esse, elle, emme, wa, duena (narasalama).
    Outras Conjugações: -e/-tte, -te (imperativo), -you (discurso).
    Questionamento: verbo-ka, no início indica pergunta.

    b. Adjetivos clássicos terminam em uma destas:

    Terminações: -ei (tendência), -l-a (qualidade), -mi (tratamento, polido), -ri (temporário), -(t)to (o ato de; usado para discurso indireto, se a integridade de alguém poder ser ameaçada).

    c. Outras palavras podem ser transformadas em Adjetivos, com:

    Terminações: -iyl-a (qualidade), -ilyetu (qualidade passada), -iylai (qualidade "a ser", futura), -iyltra (condicionante).

    Nota: a terminação -lug equivale ao português -dade, tal como em:

    vrijlug, oportunidade.
    de: vrijla, oportuno (adjetivo).

    d. Quase-Verbo:

    Definição: um quase-verbo pode ser usado como nome, adjetivo ou verbo, e pode ser qualquer palavra.

3. Plural, ou terminações e palavras de grupo:

    -banda, -bi, -ta, -kesa, -staka, etwug, nikke-, groggo, log, -tachi, -ung/-kung, -tungi, -klantka.

    -banda, muitos
    -bi, dois, dual, dupla
    -ta, alguns, número indefinido
    -kesa, coisa vida (animal, planta, espírito)
    -staka, formal
    etwug, estado de pluralidade
    nikke-, todos os
    groggo, vários, diversos, mas não reunidos
    log, vários, distintos, mas reunidos
    -tachi, o grupo de
    -ung/-kung, organismo, coletivo de suas partes
    -tungi, sob a influência de
    -klantka, coletivo

4. Identificando o Operador, e outras formar gramaticais:

    a. A língua akkia organiza tópico e comentário em torno do operador, que é a palavra que exige o argumento, e se for retirada da frase, corre-se o risco de produzir uma sentença agramatical. Há diversas maneiras de identificar as devidas partes de uma sentença. O tópico, em geral, vem primeiro. Isto produz algumas sentenças as quais seriam agramaticais em outras línguas, mas tudo depende mesmo da identificação correta do operador, e na verdade, não do tópico, que é sobre o que se está falando.

    b. O tópico, se for conhecido, pode ser excluído da sentença.

    c. Artigos: der (ativo), el (acusativo), al (conceito), -ta (terminação acusativa), -i (dativo, lativo, equivale ao "para" da língua portuguêsa), ye (vocação), e +o (agente outro, citação; pós).

    d. Adição de ideias ou itens: ya (e; and), +wa (nova informação, ou item).

    e: Ênfase: +sa.

    Observações:

    Há diversas outras partes a serem criadas, e estas servem ao propósito de base e fundamento, a ser usado como inspiração para todo o mais.

5. Partículas, Preposições, e Conjunções:

    a. Partículas são usadas para definir a função de outras palavras na sentença. São sempre usadas após a palavra, ou expressão que estão marcando.

    b. Preposições envolvem definir a função de orações, ações e objetos, em razão do argumento, logo podem não ser o equivalente do que se pode entender por uma preposição em português.

    c. Há de se usar finais de sentença.

    d. Conjunções são elementos de ligação, em todas as suas formas.

    e. Característica, ela sempre antecede o que define.

    f. Orações se acumulam à esquerda, antes ou depois do tópico se sofrer modificação do verbo segundo, que é o uso polido da posição do verbo na frase.

    g. A utilização de conceitos compostos, eles são considerados nome ou frase (parte de uma sentença, ao menos uma parte razoavelmente inteligível), e depende de ser uma oração em função do tópico para se definir a posição do verbo na sentença, corretamente.

    Nota: Uma frase verbal (equivale ao phrasal verb do inglês) é um exemplo de conceito composto, e o uso de segunda sílaba também, indicando os modos, sugestão, opinião, convite, etc. Há outros usos para este tipo de frase, sempre em função do tópico.

    # Obrigado pela atenção.

    # Vou receber bem qualquer palavra sobre Akkia, usando a língua ou não. É muito importante, para mim, saber o que meus amigos e amigas pensam. Qualquer palavra pode ser um tesouro, e se for em contexto, também, isso sem dúvida vai me deixar feliz. Estou trabalhando para retirar os excessos da língua, aqui. Além dos excessos dados da gramática, tratada aqui, também estou trabalhando em retirar o excesso de sonoridade japonêsa que dominou a língua enquanto no processo criativo.

    Abraços a quem é de abraços.

    Belo Horizonte, 17 de fevereiro, de 2011.
    Sol Cajueiro.